Raciocinemos juntos: Pode adorar verdadeiramente o Deus eterno quem não o reconhece como tal? Será possível? Sabe, adorar é mais que um ato religioso. É um ato espiritual e verdadeiro, seja individual ou em grupo. É a constatação, o reconhecimento da grandeza e do poder do Senhor. E tem mais: só poderemos chegar ao trono da graça através do nome do nosso redentor e intercessor que é o Cristo, filho de Deus pois só por ele teremos acesso ao poderoso Deus. Observe o texto em 1Jo 2.1,2: “Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo (...) e ele é a propiciação pelos nossos pecados (...) e ainda pelos do mundo inteiro”.
Penso que o que tem acontecido é o desvio na motivação que percebemos em muitos cultos, equivocadamente, desviando nosso olhar da majestade e do amor irresistível de Deus que nos atrai. Parece ser fruto, talvez, de um consumismo exagerado, uma agitação sem sentido, um modelo de vida descartável, que se reflete na criação de um estilo de vida. Acredito realmente que quando tudo está confuso é porque perdemos o referencial, ou então nunca soubemos qual era. Em muitas ocasiões, percebemos que alguns cultos tem se transformado em momentos de entretenimento, de uma alegria exacerbada, sem sentido e fabricada, à procura de uma catarse coletiva ou qualquer outra coisa, menos estar ajoelhado diante do Senhor, rasgando seus corações e almas diante de tão grande amor.
Se, realmente, como Isaías percebemos, ao entrar nos átrios do Senhor a sua grandeza - Is 6.1 e 2 - veremos e sentiremos o Seu poder e reconheceremos a Sua santidade e isto não deixará que fiquemos passivos, neutros, desanimados ou esgotados repetindo somente um rito sem significado. Na realidade quando somos confrontados com os atributos do Eterno, só temos que reconhecer que somos pequenos demais e indignos de tal alcance. Sim, o alcance do seu amor. Veja como Isaías reagiu no capítulo 6, verso 5: “Ai de mim que sou um homem de lábios impuros e os meus olhos viram o Rei.” No N.T., João traz duas promessas – perdão e purificação - condicionada a uma ordem para a confissão, além de citar dois atributos de Deus: fiel e justo. ”Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1Jo 1.9).
Precisamos ter cuidado para não sermos limitadores da vontade de Deus na vida das pessoas, impondo sobre elas regras, maneiras e costumes que consideramos como as mais corretas para adorar, louvar e cultuar. Precisamos entender como é a nossa comunidade. Eles vivem na zona rural? Em comunidades (favelas, morros)? Em zona urbana (asfalto)? Professores, profissionais liberais, ou operários? Adultos, crianças, jovens ou idosos? Quais as suas características culturais? Existem alguns impedimentos ou bloqueios de ordem emocional, psicológica ? O que realmente tem significado para as pessoas da sua região, bairro ou cidade? Como é o entorno da igreja, quais os valores religiosos, valores sociais, culturais, os interesses comuns, o cotidiano, os sonhos?
Isto irá influenciar muito na forma, mas o importante é que os princípios bíblicos e o conteúdo sejam doutrinariamente corretos. Muitos problemas surgem – desnecessariamente - inclusive sobre as diferentes formas ou estilos musicais nos cultos, mas creio que a liderança - pastor, ministro de música e outros grupos designados para esta tarefa – encontrarão caminhos certos e viáveis para o encontro desta comunidade com o seu Senhor, estabelecendo modelos próprios. Para tal, seria bom sabermos o significado da palavra adorar, na Palavra de Deus.
Westh Ney Rodrigues luz
Minha sogrinha, seu blog está demais, como eu queria que tantos pudessem ler e assimilar tantos ensinamentos que tem aqui. Tem horas que procuro não pensar tanto pra não me abalar demais, mas as pessoas às vezes são tão ralas, ficam atrás só de sensações momentaneas, por que dizem que "faz bem aquele louvor, ou aquela oraçäo, se sentem mais leves". Esses ensinamentos dos textos são muito edificantes. Bjos
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