sexta-feira, 12 de novembro de 2021

A MÚSICA E O MÚSICO BATISTA NOS 150 ANOS DA DENOMINAÇÃO NO BRASIL

 Westh Ney Rodrigues Luz, set|2021


“A palavra de Cristo habite em vós ricamente, em toda a sabedoria; ensinai-vos e admoestai-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão em vossos corações.” (Colossenses 3.16).


                 Quando os irmãos americanos chegaram em Santa Bárbara do Oeste, SP, trouxeram a fé e também sua arte e cultura. Há referência nos documentos citados pela historiadora Betty Antunes de Oliveira de três pianos, sendo um de mesa além de um harmônio portátil e inclusive um curso de piano por correspondência. Talvez cantassem em coro, pois inclusive pediram que lhes fossem enviados hinários com música. Entre os hinários, há um destaque para um com partituras para três e quatro vozes separadas. Com eles trouxeram suas canções de fé, folclóricas, infantis, de amor etc.


              Posteriormente recebemos missionários desejosos de ganharem a pátria para Cristo e de fortalecer a fé nos corações, além de conforto e esperança. Começaram a construir uma hinódia com traduções, versões e poesias que se tornaram hinos. Proliferaram quartetos, trios, solos, coros pelo país nos centros por onde passaram nossos missionários pioneiros, com seus harmônios portáteis.


             Nosso primeiro hinário foi o Cantor Cristão, e que está fazendo 130 anos (2021) e com 37 edições (581 hinos). A 1ª edição surgiu em 1891 com apenas 16 hinos compilados por Salomão Ginsburg. 


           Com a criação dos Seminários Teológicos Batistas do Norte (1960), do Sul (1963) e Equatorial (1990), surgem o preparo aos vocacionados músicos com curso livre preparando pessoas para servirem às igrejas batistas e outras denominações protestantes, exercendo o ministério de música nas igrejas. Em cerca de 60 anos de ensino, nossos seminários já entregaram centenas de formandos que estão no país e no mundo servindo por meio da ferramenta música com práticas pedagógico-musicais nas igrejas, ensinando em projetos sociais e em escolas livres de música. Atualmente, com o credenciamento do STBNB e STBSB junto ao MEC, é ampliado o leque da atuação dos músicos cristãos, batistas e vocacionados lecionando e testemunhando em escolas.


            Foi organizada a AMBB – Associação dos Músicos Batistas do Brasil (1982), que deu continuidade às clínicas e seminários de música nas igrejas, realizados pelos nossos pioneiros músicos, missionários, professores e alunos dos seminários. Há também, associações regionais que cumprem o mesmo papel dando assistência mais direta ao músico. Temos centenas de coros pelo país e muitas orquestras e bandas. Em 1984, foi criado o documento “Fundamentos filosóficos e bíblicos para a música sacra” e as bases da construção para um novo hinário que foi lançado em 1991 – Hinário para o Culto Cristão (HCC) com 611 hinos.  


           Hoje temos presenciado músicos e compositores maduros, conscientes da missão de equilibrar cânticos, hinos e salmos para a edificação da igreja de Cristo no tempo que se chama hoje.

*Texto para a *Revista Batistas SP* por ocasião dos 150 anos dos Batistas no Brasil, a pedido de Tânia Kammer.





quarta-feira, 14 de julho de 2021

MARÍLIA SOREN


 (Rio, RJ | 4 de outubro de 1935 - 28 de março de 2007)

“Me chama só de Marilia! Nada de dona, senhora, professora...” dizia e sorria amorosamente com seus olhos azuis e vívidos que logo conquistavam a afeição daqueles que tinham o privilégio de serem envolvidos por sua naturalidade, simplicidade e ao mesmo tempo por tanta sensibilidade musical e riqueza artística.   

Marilia de Miranda Filson Soren nasceu em 4 de outubro de 1935, no Rio de Janeiro.  Filha do Pastor Dr. João Filson Soren e da professora e organista Nicéa Miranda Soren, foi batizada na Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro, em 25 de maio de 1947, pelo próprio pai.

Muito cedo demonstrou suas aptidões musicais, pois com apenas quatro anos de idade executava pequenas peças pianisticas, não demorando muito a cantar acompanhando-se ao piano e a reger na igreja coros infantis na Escola Dominical.

Diplomou-se com distinção pelo Conservatório Brasileiro de Música, tendo sido escolhida para ser a oradora da turma de formandos, em solenidade no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, em 1955. Recebeu o título “Estudante do Ano” no setor musical, uma promoção do “Diário de Notícias”

Fez seus cursos superiores de piano, canto, órgão, regência e arte lírica no Conservatório Brasileiro de Música, Escola de Música Villa-Lobos, Escola de Arte Lírica do Theatro Municipal e Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro; realizando mais tarde cursos de aperfeiçoamento e Pós-Graduação em Canto com os mestres: Giuseppe Croce, Leda Coelho de Freitas, André Vivante, Alda Pereira Pinto, Consuelo Savastano, Otello Borgonovo, Zsolt Bende, Stani Zawadzka.

“Marilia Soren foi uma das musicistas que se destacaram na música evangélica nos últimos 50 anos; poucas tiveram tão extensa e duradoura folha de serviços, nas igrejas e no meio artístico, como intérprete ou executante de páginas da literatura operística e de peças da música instrumental, bem como na regência de obras da música coral.” Rolando de Nassau, artigo: Tributo a Marilia Soren, O Jornal Batista, 3/06/07.

As primeiras referências relativas à participação no “Culto do Senhor” da musicista Marilia Soren, são datadas na Semana Santa de 1954 quando cantou a parte solista do “Messias” de Haendel e também executou ao órgão uma Toccata e Fuga de J. S. Bach.  O Coro da Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro, naquela época sob a regência de Natanael Mesquita, contava com 109 coristas e era considerado o maior e melhor coro de igreja evangélica do Brasil. Em 1958,  Marilia viria assumir a regência deste coro, desenvolvendo um intenso trabalho por um período de 9 anos. Cultos cantados, integração com instrumentistas e coros de igrejas irmãs, solenidades e apresentações na rádio e televisão proporcionaram a propagação da música coral sacra que se expandiu incluso o ambiente musical secular.  

 

 

Foto 2 – Coro Eclésia da PIBRJ, regente Marilia Soren, apresentando-se na TV TUPI cantando um programa sacro no Show da Noite, em 1966)

Em uma época com dificuldades para a aquisição de repertório sacro na língua pátria, Marilia dedicou-se a tradução de diversos hinos, solos, duetos e peças corais provenientes de cantatas, missas e oratórios. Catalogou, traduziu e adaptou diversos discantus que eram entoados pelo coro juntamente com o cântico dos hinos pela congregação. Várias dessas obras fazem parte até hoje do repertório estável do Coro Eclésia da PIBRJ e demais coros.                                                                                                

Com apenas 24 anos foi vencedora do concurso de canto em âmbito nacional para solistas da Orquestra Sinfônica Brasileira. Esse prêmio lhe valeu, além de um concerto com a orquestra transmitido ao vivo radiofonicamente do Theatro Municipal, a gravação de um disco. Posteriormente apresentou-se na rádio MEC, cantando um “Recital Haendel”, no programa “Jovens Recitalistas Brasileiros”. 

Vencedora de oito concursos nacionais de canto, Marilia Soren foi solista das mais destacadas orquestras:  Orquestra Sinfônica Brasileira, Orquestra Sinfônica Nacional, Orquestra de Câmara da Rádio MEC, Orquestra Petrobrás Sinfônica, entre outras.  Participou durante 10 anos como pianista, organista e cantora solista colaborando as atividades da Associação Coral Evangélica, atuando ao lado dos regentes Heitor Argolo e Saulo Velasco, da soprano Glaucia Simas, em concertos e gravações que foram recebidos elogiosamente pela crítica musical especializada.  Como cantora solista do elenco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro participou das produções operísticas nas temporadas de 1960 à 1962. Prosseguindo sua carreira lírica foi frequentemente requisitada para cantar Santuzza, personagem principal da ópera “Cavalleria Rusticana”, em diversos teatros brasileiros. Marilia obteve grande sucesso como intérprete da ópera “Condor”, do compositor brasileiro Carlos Gomes, nas Vesperais Líricas do Theatro Municipal de São Paulo, em 1982. Apresentou-se por uma última vez em óperas cantando a personagem da Princesa de Bouillon, na série Ópera do Meio-Dia, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no ano de 2000.  Foi uma conceituada recitalista de música erudita e sacra, tendo sido convidada para atuar na TV Tupi, nos “Concertos para a Juventude” da TV Globo e em cantatas e oratórios na Sala Cecilia Meirelles.

 

 

Foto 3 – Marilia Soren, mezzosoprano, como protagonista da ópera Sansão e Dalila“ de Camille Saint-Saëns, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, em 1960.  
 Foto © Arquivo Soren




Estudou com o eminente organista Antônio Silva, professor catedrático da Escola de Música da UFRJ, realizando posteriormente na mesma instituição Curso de Alta Interpretação Organística ministrado pela renomada Gertrud Mersiovsky.

Marilia foi organista do concerto inaugural dos seguintes órgãos: Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro  (órgãos Hammond e Rigatto), Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil,  Igreja Presbiteriana de Madureira,  Colégio Santos Anjos em Vassouras, Capela do IGASE do Rio de Janeiro, Igreja Presbiteriana da Taquara, Quarta Igreja Batista do Rio de Janeiro, Igreja Evangélica Luterana do Rio de Janeiro, Igreja Anglicana do Redentor e reinaugurou os órgãos de tubos das igrejas luteranas de Juiz de Fora (MG) e de Petrópolis (RJ). Participou também, em 1955, como pianista no concerto de inauguração do grande piano de cauda Petrov da Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro.   

 

 

 

Foto 4 – Organista Marilia Soren durante um concerto ao grande órgão Tamburini da Escola de Música da UFRJ, em 1985. © Arquivo Soren 

 

 

 

 

   

 

Marília dedicou-se aos seguintes encargos como organista e regente: Organista e Regente Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro (Coro João Soren e Coro da Igreja, hoje denominado Eclésia), Organista da Associação Coral Evangélica, Organista da Sociedade Excelsior de Arte e Cultura, Organista do Serviço de Rádio e Gravações da Casa Publicadora Batista, Organista Oficial do 10°. Congresso Internacional da Aliança Batista Mundial, Organista Concertista da Associação Brasileira de Arte e Cultura Artística de Petrópolis, Organista Concertista dos Festivais de Inverno de Ouro Preto (MG), Organista e Regente do Coro do Hospital da Aeronáutica, Organista da Igreja Presbiteriana da Usina e Organista e Regente Titular da Paróquia do Redentor – Igreja Episcopal Anglicana. Atualmente esse coro denomina-se Coro Marília Soren, prestando homenagem à memória de sua regente que atuou por 36 anos. 

 

  Foto5 - Coro Marilia Soren. Ela foi regente por 36 anos na Paróquia do Redentor - Igreja Episcopal Anglicana do Rio de Janeiro. Foto © Arquivo Soren


 
 
 
 

 

Foto 6 - Marilia Soren foi a organista no 10 °. Congresso da Aliança Batista Mundial, no Maracanã, em 1960.   Foto © Arquivo Soren

 

 

 

 

 

 

 

Recebeu o título “Melhor Organista do Ano”, em 1958 e 1959 consecutivamente, conferido pela “Crítica Musical do Jornal Batista” por suas atuações na denominação e em concertos públicos. Em 1960 foi distinguida como “a melhor amiga da Música Sacra”, não somente pela meticulosa escolha e execução de seu repertório litúrgico nos cultos da PIBRJ, como também pelo concerto inaugural do órgão Hammond do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil.

Exerceu durante vários anos o magistério da Música, do nível básico ao superior, tendo sido convidada a proferir ciclos de conferências ilustradas sobre História da Música Brasileira e História da Ópera pela Secretaria de Assuntos Culturais do Ministério de Educação e Cultura. Lecionou no memorável 1º Instituto de Música Sacra, idealizado e organizado por Bill Ichter, em Recife, em 1964.  

 


Foto 7 - Corpo docente do 1º. Instituto de Música Sacra. Info: https://www.pastorjoaosoren.com/bill-ichter - Professoras Katherine Smith, Marilia Soren, Noemi Gonçalves e Elza Lakschevitz. Professores Fred Spann, Bill Ichter e Gamaliel Perruci.  O Prof. Davi Mein, ausente na foto, lecionou "A Música na Bíblia". Recife, 16 a 21 de março de 1964.  Foto © Arquivo Soren

 


Marilia Soren participou como cantora, pianista, organista e regente em cultos, ofícios religiosos, concertos, gravações, congressos e festivais de música em incontáveis atuações por todo o Brasil. Na Europa cantou em Madri, Roma e Bérgamo, atuando como organista em diversas igrejas e salas de concerto.  

Orientou com valiosos conselhos técnicos e conhecimento de repertório sacro a formação e ampliação instrumental do “Aulos”, conjunto de repertório sacro renascentista e barroco, atuante entre 1975 e 1990, que foi o impulso originário para a futura organização da Orquestra da Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro.

Estava sempre pronta para cooperar.  Irradiando felicidade cantava, tocava, ensinava e trabalhava técnica vocal com solistas e coristas, contribuindo desta forma no processo de solidificação e formação de novos coros evangélicos, fato até hoje saudosamente por muitos testemunhado.

Foi agraciada, entre outros títulos, com a Medalha de Confraternização da Confratex, por relevantes atividades exercidas em setores da música erudita, sacra, brasileira e cívica.                              

 
 Tomou posse em 1998 como catedrática da Academia Internacional de Música, com o Grau de Conselheira. Foto © Arquivo Soren, 2005

Marilia teve dois filhos os quais muito amou e se dedicou. Suray Sosa Soren, violinista da Orquestra do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e professora pioneira no Brasil do método de violino Suzuki Tropical para crianças. Amaru Sosa Soren, radicado atualmente na Alemanha, professor em Universidades na Europa, organista e maestro titular do Coro da Rádio Berlin-Brandenburg. Foi abençoada com três netos: William, Stephanie e Richard.

Quando cantava com sua voz de mezzosoprano, Marilia era fervorosa e ungida, possuía um timbre nobre, volumoso, emocionando sempre.  Ao órgão, além de executar obras dos grandes mestres, era capaz de improvisar em estilo clássico/sacro, não necessitando de partitura para acompanhar os hinos congregacionais, criava então modulações e cadências próprias para cada momento do culto. Foi uma regente muito amada e respeitada, pois conquistava logo a atenção de seus coristas através da forma contagiante pela qual transmitia a música divina que sentia.

Marilia Soren influenciou gerações de músicos hoje ministros de música, organistas, cantores, coristas, instrumentistas, educadores; passando adiante seus conhecimentos e estimulando-os sempre com palavras de encorajamento e fé cristã.  Chamava todos pelo nome e em seguida acrescentava “flor! menina! broto! garoto!” carinhosamente.

Em 2008 foi concebida a “Medalha Marilia Soren”, uma iniciativa de Jaime Hilário, diretor do programa de rádio “Encontro Coral”, com a finalidade de condecorar os dez músicos de maior destaque no ambiente musical evangélico do ano corrente.

Em seus últimos dias de vida terrena, quando devido a sua enfermidade, ela já não tinha mais forças para se levantar, mesmo com dores, pedia para ser levada até ao piano e tocava alguns hinos. Entre eles “A Cidade Santa”. E dizia então “me foram enviados por Deus esta noite...”.

Uma vida servindo a Deus, uma inspiração, um exemplo. Desde 1954, quando a jovem Marilia Soren pela primeira vez ofereceu seus dons no culto do Senhor, sempre de coração vibrante, sempre com reverência e humildade, até janeiro de 2007. Poucos meses depois ela foi chamada para estar na presença de nosso Deus. Foram 53 anos de dedicação de seus talentos ao altar do Senhor.

 “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele e Ele tudo fará”  Salmo 37.5 - versículo bíblico que Marilia Soren escolheu para acompanhar a sua vida.

 Amaru Sosa Soren, seu filho – radicado atualmente na Alemanha, professor em Universidades na Europa, organista e maestro titular do Coro da Rádio Berlin-Brandenburg.

Publicação original e inédita cedida para Westh Ney Rodrigues Luz, para uso neste blog - Blogdawesth 

....................

Meu depoimento pessoal: 

 

 Biografia de uma mulher incrível. Talentosa, humilde, sorriso amplo e de uma dedicação sem limites aos amigos, família, igreja, música coral, órgão, ópera... Com seu sorriso amplo alcançava e abraçava todos. Nós nos amávamos. Postar sua história, enviada com exclusividade pelo único irmão que tenho e assim mesmo, não é de sangue - Amaru Soren me traz uma alegria de saber que temos sempre com quem contar na caminhada terrena. Nossos caminhos estão ligados há mais de 45 anos.(com toda a família). 


Com pastor Soren, PIB do Rio tem cerca de 60 anos. Laços de amizade são presentes de Deus para nós humanos, se assim nos permitimos. Minha casa tem o perfume, alguns livros, hinários, bijouterias, enfeites da Marília... tem crochés e bordados da D. Nicéia, sua mãe. Cada vez que coloco um deles na minha mesa o coração fica carregado de lembranças alegres e memoráveis. Algumas lembranças ficarão guardadas no coração em silêncio e nunca serão relatadas. Não interessa. Tem coisas que são importantes só para quem as viveu.


Lembrar do Pr. Soren ouvindo minhas indagações na sala iluminada por um abajour e respondendo calmamente depois de alguns minutos de silêncio... é de lavar a alma. Com ele tirei muitas dúvidas na organização do HCC em termos e classificações teológicas há 30 anos. Aliás, todos sentiam alegria e davam muitas opiniões sobre o HCC. Marília me deu hinários Luteranos, outros alternativos...
As sopas na mesa redonda da sala de jantar, a torta de morango, o sorriso comedido da D. Nicéia. Ela era mais moderna e contemporânea do que os jovens naquela mesa de refeição cheios de conceitos e questões fechadas. Ela não. 


Quando Marília chegava a casa inundava de sons e gargalhadas... Seu amor pelas pessoas se refletia no perdão e na compaixão que tinha por todos.
Olhando essa foto que abre o blog, vejo os traços fortes e a marca do sorriso na Suray e no Amaru, seus filhos. Está presente neles, a bondade e animação principalmente da  Suray Soren . Ai que saudades de todos!


É gente... a vida é pra ser vivida junto com as pessoas que amamos e que mesmo partindo para a eternidade deixam suas marcas em nós.


 Westh Ney Rodrigues Luz