Um amigo virtual, em uma lista de debates, o prof. e pr. João Pedro Gonçalves de Brasília, citou um diálogo do livro Alice no país das maravilhas de Lewis Carrol
– Quando eu uso uma palavra, – Humpty Dumpty disse com certo desprezo – ela significa o que eu quiser que ela signifique... Nem mais nem menos.
Então me lembrei de grandes desencontros que tenho visto e de conversas e discussões irrelevantes ou mesmo desnecessárias e não pude deixar de lembrar da Alice, perdida em um mundo diferente e estranho ao seu, perdida e não entendendo o seu tamanho e também como se colocar nesta nova situação de mudança . Presa ainda na sua antiga vida e já perdendo o referencial e não entendendo as novas mudanças tão rápidas, diz no capítulo dois assim:
"Meu Deus! Meu Deus! Como tudo é esquisito hoje. E ontem era tudo exatamente como de costume! Será que fui eu que mudei à noite? Deixe-me pensar: eu era a mesma quando eu levantei hoje de manhã? Eu estou quase achando que posso me lembrar de me sentir um pouco diferente. Mas se eu não sou a mesma, a próxima pergunta é: Quem é que eu sou? Ah, essa é a grande charada."
Acho que não devo explicar nada, pois esta fala de uma criança - a Alice - , nesta obra de arte literária, já nos toca. Aliás, esta é a função de uma obra de arte. Ela não precisa de bulas e nem de mapas para sua compreensão.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário aqui para que possamos refletir juntos. Obrigada por visitar e escrever .