segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Não fui à Igreja ontem por causa do barulho!


Hoje depois de muito tempo sem querer escrever nada.
Não é original o assunto, mas é a decisão de muitas pessoas hoje. Infelizmente.
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Caros amigos
tenho recebido reclamações e ouvido depoimentos vindo de pessoas de diversas idades. Já estou "quase" me acostumando com este assunto, sem solução. Ontem um casal de amigos jovens me confidenciou a mesma coisa.

Hoje minha mãe telefonou às 6h45, com um bom humor e disposição que há muito tempo não vejo. Ri muito com ela. O único detalhe mais triste é que disse que ficou em casa o dia todo por causa do barulho que não estava disposta a ouvir ontem.
Que pena, ela tem 79 anos, é inteligente e independente...

Estava toda feliz há 15 dias porque ganhou uma medalha de ouro, de honra ao mérito por saber mais textos bíblicos e com a referência, no seu grupo de idosos. Fez maior sucesso por causa da sua memória Sua cabeça está ótima e seu senso estético também. Seu ouvido está cada dia mais sensível e ouve TUDO. O que eu acho desnecessário, pois deveria é diminuir, pois dependendo da idade e do meio em que vivemos é muito bom ouvir um pouco menos.

Disse que não estava disposta a ter que se controlar e ficar na igreja tendo que ouvir uma congregação cantar SÓ muito animadamente, quase aos gritos, com muitos instrumentos e microfones altos. Dizia ela ao telefone: - "Porque não cantar mais suave e a meia-voz disse ela. Ninguém aguenta tanto som e ritmos sem variações e o tempo todo. Parece uma fábrica de loucos! "

Dona Elcy, minha mãe, disse que o melhor culto deste mês foi o dia que aconteceu um apagão no meio do culto. Ela disse que foi ótimo. Gente, o ano está apenas começando... O pastor continuou o culto, andando pelo meio do povo, sem falar muito alto e a música reduziu a uma somente. Ela então pode ouvir a sua própria voz e a dos seus irmãos da congregação.

Já escrevi sobre isto muitas vezes, e confesso que estou me cansando desta "novela”, mas agora nas férias foi o assunto constante das rodas de amigos por onde andei. Não iria falar, mencionar mais nada sobre este assunto cansativo, mas minha mãe hoje e meus amigos jovens ontem me incomodaram. Acho que não vai dar em nada isto que escrevo, pois as igrejas continuam cheias e enquanto elas estiverem assim, enquanto nenhuma for fechada e nem punida pelo estrago físico que fizer a uma pessoa que conseguir provar que antes de frequentar aquela comunidade ouvia perfeitamente tudo continuará como antes no "quartel do Abrantes".

Alguns líderes não se importam com os que "corriam bem e hoje não mais correm.", pois as igrejas estão cheias. Isto ouvi de um pastor: - “ Não tem problema que cem pessoas estejam saindo. Tem mais 300 entrando...

As igrejas estão cheias sim.
Cheias de pessoas fazendo rodízio, de visitantes, de gente nova que vem e que some depois. Tem gente nova migrando de uma para outra igreja ou denominação, tem uma população flutuantes de fíéis, de necessitados. E se cantarmos ou disfarçadamente for mencionado em um sermão um aceno de "prosperidade" ali continuarão por algum tempo. Quando tudo passar largarão a bengala eclesiástica e sairão andando sozinhos pela vida, cauterizados em suas mentes e corações...

Os pastores e os membros das igrejas são os responsáveis por isto. Aliás, os membros das igrejas deveriam saber a força que possuem e não ficar na mão dos que chegam falando em nome de Deus, manipulando e retirando todos os parâmetros e características específicas e especiais de cada igreja local. Mas, isto é outro assunto e eu preciso não me aborrecer por isto mais. Morrerei e tudo continuará na mesma. Ilusão achar que podemos mudar alguma coisa, mas isto é também outro assunto.

Meu marido anda completamente desanimado com os crentes (na realidade ele diz - os batistas) que ele afirma serem "pacíficos" demais, passivos e acomodados. Está assustado e ao mesmo tempo irado com o que tem ouvido e visto. Eu não posso mais protegê-lo, pois já não é tão crente novo assim (já tem sete anos de conversão).

Já sei até o que vou ouvir ou ler quando soltar este e-mail. Nós, os crentes, somos muito previsíveis (no bom e no mau sentido também), infelizmente.

Bem, o assunto era sobre minha mãe e o som alto das igrejas.

abraços
westh ney - http://blogdawesth.blogspot.com/
Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil - STBSB, Tijuca - Rio
Um lugar onde se aprende a orar, a liderar e a pesquisar.
Cursos de Teologia, Música e Pedagogia
www.seminariodosul.com.br

4 comentários:

  1. Querida Westh,

    Parabenizo pelo "resgate" do assunto do qual é extremamento pertinente por mais que seja "malhar em ferro frio". Nossos "governantes religiosos" por mais que não ouçam nossos "gritos" apelantes por menos barulho (pois Deus não é surdo e nós temos limites limites auditivos - dB ´decibéis´), não podemos perder o "gás" em busca dessa reflexão. Há que se buscar o EQUILÍBRIO do som para uma agradável comunhão do "corpo de Cristo".

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  2. Graça e paz Minha Irmã.
    O perfeito entrosamento entre todos os usuários de som nas Igrejas Evangélicas é A SOLUÇÃO. A nossa equipe e o nosso blog também tem esta missão. Visite-nos
    www.somdapibi.blogspot.com
    SOMdaPIBI - Prá ouvir a voz de Deus.

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  3. Nossa, Westh...há dias atrás eu e meu marido passamos na frente de uma igreja com um som tão alto, q ele chegou a dizer: "Nossa, se eu morasse perto dela, eu já teria dado queixa na SUCOM ( orgão "incompetente a cuidar dessa assunto aqui na Bahia) porque o barulho do louvor incomodava bastante..
    Eu queria realmente entender o que se passa na cabeça desses irmãos. Só sei que isso também me incomoda bastante. Eu não compactuo com essa atitude, me sinto um peixe fora d'agua, porque todo mundo na igreja curte isso e eu não. Me pergunto se eu to no lugar certo mesmo,rsrsrs
    Tambem fico muito triste com isso!
    Beijão!

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  4. Moro em Várzea Grande, Mato Grosso. Mas eu morava em Vila Velha, ES. Era membro da PIB de Vila Batista. Participei do 16° Congresso da AMBEES em Cachoeiro de Itapemirim. Quando cheguei aqui em Várzea Grande fui logo procurando uma igreja batista. Esse problema que você escreve vai muito além do que se pensa. É notável como a importância que se dá ao barulho que se faz na igreja tem tomado lugar de tudo o mais essencial e o espírito da pessoa entra e sai vazio da igreja. E não se tem idéia, nem vaga, do que se fez ali dentro. Aqui, isto já está avançado, no que se diz quanto ao resultado que se atinge com o som barulhento que as pessoas sem noção tem feito nas igrejas. Quando se diz que uma pessoa só faz barulho é porque ela não faz mais nada. Como alguém que quis criticar a policia militar daqui diz que a polícia só faz barulho. Ou seja, muito papo e nada de ação.

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