quarta-feira, 23 de setembro de 2009

JEROME BRUNER

westh ney r. luz - Capítulo de um estudo de caso - para psicologia da Aprendizagem, na Graduação em Educação Artística, quando aluna da UFRJ.

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ENTENDENDO UM POUCO DA TEORIA DE BRUNER
Jerome Bruner nasceu em New York em 1915. Ele acredita que a aprendizagem é um processo que ocorre internamente e não um produto direto do ambiente, das pessoas ou de fatores externos àquele que aprende. É então um cognitivista e, em decorrência, Bruner leva em consideração a curiosidade do aluno e o papel do professor como aquele que provocará esta curiosidade .

Seu método tem sido chamado de teoria da descoberta. É uma teoria desenvolvimentista, que tenta explicar como o mundo é representado. Desenvolveu uma teoria da instrução, baseando sua pesquisa no trabalho de sala de aula e, que sugere metas e meios para a ação do educador.

Ainda não falei sobre os estágios usado por ele no currículo mas que diferem muito de Piaget, pois estava pensando se teria alguma coisa no momento para o caso em questão. Mas acho importnte falar sobre ela, para até entendermos o restante de sua teoria . Para ele , existem 3 estágios:

ENATIVO – que resumindo seria : aprender é fazer. Brincar construtivamente , seria a atividade dominante nos anos pré-escola. Este parece até com Piaget.

ICÔNICO - este ligado à aprendizagem pela descoberta mas com a interferência direta do professor diagnosticando, incentivando , percebendo dificuldades .

SIMBÖLICO - aprender é por meio de palavras e números. Tudo o que pudesse ser usado para acelerar ou ajudar um aluno deveria ser tentado.

Alguns afirmam que seu método é socrático, pois quando o aluno está acomodado com os conhecimentos adquiridos, ao professor caberá propor-lhe dúvidas e ainda afirma que se pode ensinar qualquer coisa para qualquer criança em qualquer estágio de desenvolvimento e acha que fundamental é a interação entre: criança, assunto e modo pelo qual ele é apresentado.

Seu livro, "Uma Nova Teoria da Aprendizagem", em português, foi lançado em 1966 e apresenta a teoria de Bruner, que diz que o aluno deve encontrar as suas respostas ou descobertas pois esta poderá:
  • liberar o estudante de expectativas quanto à preexistência de uma resposta correta, isto ativará potencial intelectual ;
  • provocar uma verdadeira motivação para o trabalho;
  • permitir o desenvolvimento pessoal de processos de descoberta para as mais variadas situações;
  • as informações, que foram retidas pelo processo de descoberta do próprio aluno ficará retido dentro de uma estrutura cognitiva construída pela própria pessoa.
Bruner escreveu em seu livro, Atos de significação – 1990 - um estudo critico das conseqüências da Revolução Cognitiva , destacando o papel da cultura, como principal fator formador da mente dizendo que :

é importante a participação e a realização da mente e do homem na cultura pois nós vivemos publicamente através de significados públicos, compartilhados por procedimentos também públicos de interpretação e negociação nos conectam com o mundo a cultura deve constituir um conceito central que ele chama de psicologia popular.

Esta psicologia popular, que é uma característica da psicologia cultural, representa um sistema pelo qual as pessoas organizam suas experiências no mundo social, seu conhecimento sobre ele e as trocas que com ele mantém. Isto significa que o homem sempre foi mais do que o desenvolvimento científico. Todas as culturas tem como um dos seus mais poderosos instrumentos constitutivos uma psicologia popular, um conjunto de descrições sobre como os seres humanos pensam e como é a nossa própria mente e como é a dos outros.

Segundo Bruner nos temos aptidão ou predisposição para organizar experiências em forma de narrativa, e em estruturas de enredo. Bruner, já no final de seu livro, diz que a psicologia cultural procura esclarecer o conceito sobre o "si-mesmo", através de alguns teóricos e vários posicionamentos diversificados sobre o tema. Para entendermos este conceito temos que ter em mente que o conhecimento de uma pessoa não está contido apenas em sua cabeça, mas o conhecimento está nas interações com o meio. Portanto devemos localizar o si-mesmo em uma situação cultural histórica, onde atua "tanto de fora para dentro, quanto de dentro para fora, tanto da cultura para a mente, e da mente para a cultura."

O si-mesmo pode ser visto como um produto da situação onde ele se insere. Por exemplo: assumimos diferentes papéis de acordo com os grupos variados no qual estamos atuando no momento. Sociólogos e antropólogos numa visão mais nacionalista, definem como um misto de jogador, estrategista e tomador de decisões dirigidas a seus compromissos . Que compromisso? O de apresentar-se a si mesmo e aos outros e aprender a participar do sistema cultural, sem o qual não haveria aprendizagem.

Outras correntes tem a noção de si-mesmo como um contador de histórias, que descrevem o si-mesmo como parte da história., pois levando-se em conta os significados e as narrativas da vida, o si-mesmo pode ser definido tanto por sua cultura, quanto por ele mesmo, além de receber interferência de uma sociedade com suas crenças, tradições, línguas e todas as realidades históricas que constróem nossa prática como ser humano. A narrativa é um meio de usar a linguagem, e essa, inserida e codificada num contexto propicia a compreensão entre quem fala e quem ouve, onde a produção de significado relaciona, as convenções lingüisticas, culturais.

Ele – Bruner - examina como o ser humano jovem obtém o poder da narrativa e isso será essencial para a análise do trabalho de campo, segundo sua teoria. Para o autor, nós aprendemos a produzir significados, narrativos, em contato com o mundo que nos rodeia. Mas ele considera que o ato de interiorizar a linguagem, seria referência a algum tipo de sistema precursor que prepara "o organismo pré-linguistico para o tráfego da linguagem", o que ele chama de "biologia do significado", que seria a capacidade inata que nos predispõe à linguagem, e a aquisição da mesma pelo jovem deve ser adquirida na pratica e assistida por pessoas que dele cuida.

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Bibliografia

BRUNER, Jerome. Atos de significação. Porto Alegre: Artes Médicas.1997.

MOREIRA, Marco Antonio. A teoria de ensino de Bruner In Teorias de Aprendizagem. SP:
E.P.U. cap. 5. 1999.pag.81 – 94:

6 comentários:

  1. Obrigada, me ajudou muito.É importante saber que existem pessoas que se importam em passar conhecimentos de forma muito eficaz como esse.

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  2. quem foram os pais de jerome bruner?

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  3. Sou academica de pedagogia,e nunca tive mais certeza do quero quando li..esse documentario sobre a visão de jerome bruner,sobre a forma de educar..

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  4. tambem sou acadêmica de pedagogia e esse documentario me ajudou bastante a enteder mais a obra desse grande autor.

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  5. gostaria de ler o cap. 2 deste livro, mas não estou encontrando.....

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  6. gostaria de ler o cap. 2 deste livro, mas não estou encontrando.....

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