quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Coro na Bagagem no Méier Hoje - Convite



Culto cantado na Igreja Batista do Méier
Rua Hermengarda, 31 - Méier
Dia 30/09/09, 4ª feira
19h30
Entrada franca
http://www.youtube.com/watch?v=p02YkryjIQo&feature=related
........................................................
Participantes do Seminário do Sul:
Coro na Bagagem;
regente: prof. MM Rivelino de Aquino;
piano: profª. MM Claudiane Barros;
instrumentos: Prof. Leonardo Cunha Barros;
direção e elaboração da ordem do culto: profª MM Westh Ney R. Luz;
Coordenador do Curso de Música: prof. MM Theógenes E. Figueiredo;


..............................................................................
Igreja Batista do Méier
Pr. Reynaldo Purin Jr
MM Paulo Queiroz Jr.
Rua Hermengarda, 31 - Méier
Rio de Janeiro RJ
Telefone (21) 2599-3000
Cultos: Domingos 1015 e 19h
Quartas: 19h30
http://www.batistadomeier.org.br/

****
Linhas de ônibus:
238, 239, 247, 249, 260, 391, 455, 457, 456,
627, 650, 606,607, 696, 651, 652, 653,661,
667, 679, 680, 685, 687, 688, 690, 691, 696
Estação de Trem: Méier (Parador)
Metrô-integração: 638A (São Francisco Xavier )

********************
Coros do Seminário do Sul no you tube:
Coros: Oquyra, Oratório e Coro na Bagagem

http://www.youtube.com/watch?v=YS4u0AYi5kc&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=bkCMfXZAJGI

http://www.youtube.com/watch?v=JP-WImpRI4w&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=p02YkryjIQo&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=OaozrKL3IEU&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=TrUqDKAUfbo&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=g1lz6Du0WxM&feature=relate

sábado, 26 de setembro de 2009

Parabéns Gisele! Parabéns Stella! Viva Bach!


Westh Ney Rodrigues Luz


Hoje começaram os recitais de formatura
do Seminário do Sul.
Lindo recital de piano!
Parabéns para a aluna Gisele Cordeiro e
para a professora Stella Junia.

Reconfortante momento de sentar
na Capela e assistir uma jovem senhora,
quase menina, que levou a sério
os seus quatro anos no Seminário do Sul.

Alguém que mora na Baixada,
deixa filho e marido,
enfrenta estrada e diversas conduções
não quer perder tempo.
Ela não perdeu.

Trabalhos sempre prontos no dia certo.
Caderno, caneta e
anotações de tudo que ouvia.
Sorriso largo,
gargalhada gostosa.

Tocou lindamente
Astor Piazolla,
Manuel de Falla,
Pixinguinha,
Ernesto Nazaré,
Mark Hayes,
Arnaldo Rebello,
Debussy e
BACH.

Bem, Bach foi um caso à parte.
Foram cerca de seis minutos do
mestre Johann Sebastian Bach.
Capela na penunbra e a
segunda música da noite,
o Prelúdio da Suite Inglesa III,
foi entrando nas mentes,
no sangue, acalmando o coração,
regulando a pulsação.

Enquanto ela tocava,
claramente,
matematicamente,
cada entrada desta composição contrapontistica,
eu me emocionava pelo respeito,
que mesmo após 300 anos,
este mestre do contraponto
ainda provoca em cada pessoa que o ouve.

Foi a música mais ovacionada da noite.
Mesmo quem ali estava e
que nada sabia deste compositor,
que nunca tinha ouvido falar nele,
foi tocado por aquela música e sua intérprete.

Apesar do dia ter sido de muita violência aqui na Tijuca,
a noite foi de bálsamo e de esperança.
Saber que Bach ainda toca pessoas -
letradas, músicos,
estudantes, intelectuais,
pobres, ricos,
apreciadores de estilos os mais variados,
pessoas de um estilo só,
pessoas do povo,
da mão calejada,
jovens, adultos,
idosos e até criança -
é reconhecer,
é saber de novo que o
que é bom atravessa mares,
montanhas e séculos

Ao final a turma do 4º ano cantou e
Gisele acompanhou ao piano
a bela música de Mark Hayes .
- "De eternidade a eternidade
é o amor de Deus sobre os que o temem.

Ele cuida dos seus filhos com amor e de geração em geração.
Ele é quem dá poder, que cura os enfermos..
De eternidade a eternidade ..."

Foi muito bom ver e ouvir este recital.
Que os outros venham e nos ensinem.
Venham, queremos aprender
com vocês queridos alunos.
Venham e nos abençoem.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Minha Agenda - Outubro e Novembro de 2009

1) 02 a 04 de Outubro- Conferência
PIB em Laranjeiras, ES
Rua Santos Dumont, s/n
Laranjeiras, Serra - ES
MM Marcos Andrade - mmarcosandrade@gmail.com

2) De 09 a 19 - Oficinas sobre Liderança, Culto/Adoração e Mensagens
Ribeirão Preto, Franca e Goiânia com Coro na Bagagem (ver Agenda do Coro)

3) Dia 08/ de novembro - 19h - Mensagem
Igreja Batista Monte Moriá
Pr. Elias Silva
MM Claudia Teixeira

4) Dia 22 de novembro - 19h - Mensagem
Igreja Batista Central em Belford Roxo

5) Dia 29 de novembro - 19h - Mensagem
PIB de Niterói
MM Marcus Vianna

6) Dia 06 de dezembro - Mensagem e Oficina
17hs/19h - Oficina sobre Culto e direção
19h30 - mensagem
PIB em Fragoso, RJ
MM Rosanete Ribeiro

Dezembro - fechado para balanço(rs)

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

JEROME BRUNER

westh ney r. luz - Capítulo de um estudo de caso - para psicologia da Aprendizagem, na Graduação em Educação Artística, quando aluna da UFRJ.

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ENTENDENDO UM POUCO DA TEORIA DE BRUNER
Jerome Bruner nasceu em New York em 1915. Ele acredita que a aprendizagem é um processo que ocorre internamente e não um produto direto do ambiente, das pessoas ou de fatores externos àquele que aprende. É então um cognitivista e, em decorrência, Bruner leva em consideração a curiosidade do aluno e o papel do professor como aquele que provocará esta curiosidade .

Seu método tem sido chamado de teoria da descoberta. É uma teoria desenvolvimentista, que tenta explicar como o mundo é representado. Desenvolveu uma teoria da instrução, baseando sua pesquisa no trabalho de sala de aula e, que sugere metas e meios para a ação do educador.

Ainda não falei sobre os estágios usado por ele no currículo mas que diferem muito de Piaget, pois estava pensando se teria alguma coisa no momento para o caso em questão. Mas acho importnte falar sobre ela, para até entendermos o restante de sua teoria . Para ele , existem 3 estágios:

ENATIVO – que resumindo seria : aprender é fazer. Brincar construtivamente , seria a atividade dominante nos anos pré-escola. Este parece até com Piaget.

ICÔNICO - este ligado à aprendizagem pela descoberta mas com a interferência direta do professor diagnosticando, incentivando , percebendo dificuldades .

SIMBÖLICO - aprender é por meio de palavras e números. Tudo o que pudesse ser usado para acelerar ou ajudar um aluno deveria ser tentado.

Alguns afirmam que seu método é socrático, pois quando o aluno está acomodado com os conhecimentos adquiridos, ao professor caberá propor-lhe dúvidas e ainda afirma que se pode ensinar qualquer coisa para qualquer criança em qualquer estágio de desenvolvimento e acha que fundamental é a interação entre: criança, assunto e modo pelo qual ele é apresentado.

Seu livro, "Uma Nova Teoria da Aprendizagem", em português, foi lançado em 1966 e apresenta a teoria de Bruner, que diz que o aluno deve encontrar as suas respostas ou descobertas pois esta poderá:
  • liberar o estudante de expectativas quanto à preexistência de uma resposta correta, isto ativará potencial intelectual ;
  • provocar uma verdadeira motivação para o trabalho;
  • permitir o desenvolvimento pessoal de processos de descoberta para as mais variadas situações;
  • as informações, que foram retidas pelo processo de descoberta do próprio aluno ficará retido dentro de uma estrutura cognitiva construída pela própria pessoa.
Bruner escreveu em seu livro, Atos de significação – 1990 - um estudo critico das conseqüências da Revolução Cognitiva , destacando o papel da cultura, como principal fator formador da mente dizendo que :

é importante a participação e a realização da mente e do homem na cultura pois nós vivemos publicamente através de significados públicos, compartilhados por procedimentos também públicos de interpretação e negociação nos conectam com o mundo a cultura deve constituir um conceito central que ele chama de psicologia popular.

Esta psicologia popular, que é uma característica da psicologia cultural, representa um sistema pelo qual as pessoas organizam suas experiências no mundo social, seu conhecimento sobre ele e as trocas que com ele mantém. Isto significa que o homem sempre foi mais do que o desenvolvimento científico. Todas as culturas tem como um dos seus mais poderosos instrumentos constitutivos uma psicologia popular, um conjunto de descrições sobre como os seres humanos pensam e como é a nossa própria mente e como é a dos outros.

Segundo Bruner nos temos aptidão ou predisposição para organizar experiências em forma de narrativa, e em estruturas de enredo. Bruner, já no final de seu livro, diz que a psicologia cultural procura esclarecer o conceito sobre o "si-mesmo", através de alguns teóricos e vários posicionamentos diversificados sobre o tema. Para entendermos este conceito temos que ter em mente que o conhecimento de uma pessoa não está contido apenas em sua cabeça, mas o conhecimento está nas interações com o meio. Portanto devemos localizar o si-mesmo em uma situação cultural histórica, onde atua "tanto de fora para dentro, quanto de dentro para fora, tanto da cultura para a mente, e da mente para a cultura."

O si-mesmo pode ser visto como um produto da situação onde ele se insere. Por exemplo: assumimos diferentes papéis de acordo com os grupos variados no qual estamos atuando no momento. Sociólogos e antropólogos numa visão mais nacionalista, definem como um misto de jogador, estrategista e tomador de decisões dirigidas a seus compromissos . Que compromisso? O de apresentar-se a si mesmo e aos outros e aprender a participar do sistema cultural, sem o qual não haveria aprendizagem.

Outras correntes tem a noção de si-mesmo como um contador de histórias, que descrevem o si-mesmo como parte da história., pois levando-se em conta os significados e as narrativas da vida, o si-mesmo pode ser definido tanto por sua cultura, quanto por ele mesmo, além de receber interferência de uma sociedade com suas crenças, tradições, línguas e todas as realidades históricas que constróem nossa prática como ser humano. A narrativa é um meio de usar a linguagem, e essa, inserida e codificada num contexto propicia a compreensão entre quem fala e quem ouve, onde a produção de significado relaciona, as convenções lingüisticas, culturais.

Ele – Bruner - examina como o ser humano jovem obtém o poder da narrativa e isso será essencial para a análise do trabalho de campo, segundo sua teoria. Para o autor, nós aprendemos a produzir significados, narrativos, em contato com o mundo que nos rodeia. Mas ele considera que o ato de interiorizar a linguagem, seria referência a algum tipo de sistema precursor que prepara "o organismo pré-linguistico para o tráfego da linguagem", o que ele chama de "biologia do significado", que seria a capacidade inata que nos predispõe à linguagem, e a aquisição da mesma pelo jovem deve ser adquirida na pratica e assistida por pessoas que dele cuida.

...
Bibliografia

BRUNER, Jerome. Atos de significação. Porto Alegre: Artes Médicas.1997.

MOREIRA, Marco Antonio. A teoria de ensino de Bruner In Teorias de Aprendizagem. SP:
E.P.U. cap. 5. 1999.pag.81 – 94:

terça-feira, 22 de setembro de 2009

VIGOTSKY, Lev Semyonovitch

ENTENDENDO UM POUCO DA TEORIA DE VIGOTSKY
westh ney r. luz - Capítulo de um estudo de caso - para psicologia da Aprendizagem, na Graduação em Educação Artística, quando aluna da UFRJ.

Lev Semyonovitch Vygotsky – judeu, que nasceu em 5 de novembro de 1896. Viveu pouco - 37 anos, faleceu em 11/06/1934 - quando morreu, de tuberculose e hoje em dia há uma ressurreição de suas teorias. Foi criado em uma família com tradição judaica conservadora, com 7 irmãos e filho de pais instruídos. Formou-se em Direito, História, Philosophy, Medicina pela Universidade de Moscou . Também dirigiu o Departamento de Psicologia do Instituto Soviético de medicina Experimental. Professor e pesquisador nos campos de Artes, Literatura e Psicologia, montou um laboratório psicológico , onde os alunos faziam investigações . Além de pesquisa literária, dedicou-se também a pesquisas sensoriais e mentais com crianças deficientes e após a Revolução Russa lecionou em escolas estaduais sendo um líder cultural no seu meio.

Foi contemporâneo de Piaget, e teve contato com a obra dele e, embora teça elogios a ela em muitos aspectos, também a critica, por considerar que Piaget não deu a devida importância à situação social e ao meio.

No período de 1982 - 1984 aconteceu a edição das suas obras completas, e de 50 anos pra cá , sua obra tem sido a bandeira de educadores, sociólogos e psicólogos. Ele tem sido resgatado hoje em dia porque traz para o campo educacional e psicológico uma visão integrada de conhecimentos voltando-se para uma abordagem interdisciplinar.

Sua teoria tem por base o desenvolvimento do indivíduo e isto é o resultado de um processo sócio-histórico, enfatizando o papel da linguagem e da aprendizagem nesse desenvolvimento, sendo essa teoria considerada histórico-social. Mediação é um dos elementos importantes pois valoriza a aquisição de conhecimentos pela interação do sujeito com o meio, para a compreensão sobre o desenvolvimento humano como processo sócio-histórico . Isto é a idéia de mediação, que quer dizer apesar do homem ser sujeito do conhecimento, ele terá acesso aos objetos, através de recortes do real, operados pelos sistemas simbólicos de que dispõe. Se ele viver em uma comunidade que nunca leu , ele também não chegará a escrita e leitura pois necessita a construção do conhecimento várias relações como uma interação, pela mediação feita por outros sujeitos. Era uma visão de formação das funções psíquicas superiores como internalização mediada pela cultura. “A internalização envolve uma atividade externa que deve ser modificada para tornar-se uma atividade interna, é interpessoal e se torna intrapessoal.”

Traz a teoria da zona desenvolvimento proximal - ZDP - que é um diálogo entre a criança e o seu futuro e não entre ela e o passado de um adulto, de um professor, ou de uma sociedade. “ZPD é a distância entre o nível de desenvolvimento real que se costuma determinar através da solução independente de problemas e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes”

É papel do professor provocar avanços nos alunos e isso se torna possível com sua interferência na zona proximal e a escola é o lugar onde a intervenção pedagógica intencional será o desencadeiador do processo ensino-aprendizagem. O aluno é o sujeito da aprendizagem, que aprenderá junto ao outro ou o que seu grupo social produz, tais como valores, linguagem e o próprio conhecimento. A aprendizagem será fundamental ao desenvolvimento dos processos internos na interação com outras pessoas. Então o professor tem o papel explícito de interferir no processo

Cérebro é a base biológica é interessante e as suas concepções sobre o funcionamento deste colocam que suas peculiaridades definem limites e possibilidades para o desenvolvimento humano. O termo função mental para pensamento, memória, percepção e atenção.

As sociedades e culturas diferentes produzem estruturas diferenciadas por isto escreveu o livro sobre “ Pensamento e a linguagem ” onde esta, forma um sistema simbólico dos grupos humanos, e que forma os conceitos, as formas de organização do real , através dos sistemas simbólicos de representação.

Vygotsky diz que existem, pelo menos dois níveis de desenvolvimento : um real, que determina o que a criança já é capaz de fazer por si própria, e um potencial, que seria capacidade de aprender com outra pessoa.

Gosto , particularmente de Vigotsky, por estes conceitos que pra mim são mais coerentes. Ele trabalha com um sistema interativo que forma conhecimentos e se constitui a partir de relações intrapessoais e interpessoais.

Suas obras foram proibidas durante muito tempo na União Soviética por motivos políticos, pois sendo do Partido Comunista, elas não deveriam ressaltar o aspecto individual da formação da consciência coletividade constitui-se através de pessoas com singularidades próprias. Mas Vigotsky - pedagogo russo - defendia a idéia de que uma coletividade é feita através de pessoas com singularidades próprias. Suas preocupações estavam centradas no desenvolvimento do indivíduo e da espécie humana, partindo do processo sócio-histórico.

" A capacidade de raciocínio e a inteligência da criança, suas idéias sobre o que a rodeia, suas interpretações das causas físicas, seu domínio das formas lógicas abstratas, são considerados como processos autônomos, que não são influenciados, de modo algum, pela aprendizagem escolar". (Vigotsky, 1994, p. 103).

Piaget e Vygotsky seguiram uma linha desenvolvimentistas, mas diferiam nas concepções sobre o que seria realmente desenvolvimento. Piaget via o desenvolvimento como uma questão de maturação e desdobramentos, dirigindo um conceito biológico.

Para Vygotsky, a criança era como algo muito mais ativo e menos determinista, por isto deu muito menos ênfase à herança biológica. Par ele a cultura, o estar socializado em sua cultura, fariam com que as crianças aprendessem e entendessem, mais fácilmente o que fosse comum, as suas experiências sociais, e que seriam utililizadas como ferramentas que elas tem à sua mão como sua linguagem oral, seus livros, pinturas, as fábulas, as estórias, a história, a música. Instrumentos... Bem, como Piaget, ele acreditava que mudanças sempre iriam ocorrer nos estágios.

**
Bibliografia


COLL, Cesar; PALACIOS, Jesus & MARCHESI, Alvaro. Educação e desenvolvimento: a teoria
de Vigotsky e ZDP In Desenvolvimento Psicológico e Educação:Psicologia da Educação.
Vol. 2. Porto Alegre: Artes Médicas.cap.6.1996. pag. 79 - 104

OLIVEIRA, Vigotsky. Aprendizado e desenvolvimento, um processo sócio-histórico.São Paulo:
Scipione,1997.p.111

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Deus tem o mundo em suas mãos

Westh Ney Rodrigues Luz, Rio, 21/09/2009, 10h

Hoje acordei e fiquei pensando
em uma foto do Pr. Fanini, que vi no Orkut,
com seus filhos, com sua família.
Acho que uma das últimas, e lá nos EUA.

Fiquei pensando que bênção para todos eles
esta reunião familiar,
esta alegria de festejar mais uma criança
e se temos de morrer um dia
(em muitas ocasiões pensamos que não)
que seja no meio das pessoas que amamos, e
que possamos nos despedir deles,
dos que nos são caros.

Ao final de tudo,
depois da festa, dos encontros com
todas as pessoas que conhecemos,
que nos admiram,
que nos elogiam,
que nos seguem,
que nos aplaudem
é muito bom "voltar para casa".

E é lá, que queremos estar,
no abraço mais importante do mundo,
dos que verdadeiramente nos amam,
pois nos conhecem de todos os ângulos,
sabem como é o nosso avesso,
sabem dos nossos mais escondidos sonhos,
conhecem até nossos passos
e sabem se estamos inquietos
ou não sem mesmo olhar para nossos rostos.

É lá, no aconchego da família que queremos estar
quando dói a alma e a barriga,
o coração ou o dente, ou a cabeça,
pois apesar das nossas esquisitices,
do nosso mau humor, das nossas inseguranças
é lá, só lá que encontraremos o colo que tanto precisamos.

Um abençoado o Fanini, não?
Além de ter tudo isto – uma família-,
ainda foi neste lugar de amor
que descansou,
que recebeu cuidados,
e seguiu para a Casa do Pai.

Pensando estas coisas comecei a cantar algo tão antigo
- não me perguntem por que, pois não imagino
a última vez que ouvi ou regi este hino.
Aliás, não é um hino, é um negro spiritual que diz insistentemente:
Deus tem o mundo em suas mãos.

O vento e a chuva estão em suas mãos,
Os nenenzinhos estão em suas mãos,
Deus tem o pecador em suas mãos
Deus tem todos nós em suas mãos.

Já se passaram três horas que acordei,
mas dentro da minha mente não sai esta frase:
*Deus tem o mundo em suas mãos.

Oh, que consolo e que certeza esta que temos:
A esperança de que em qualquer circunstância,
em qualquer momento podemos voltar
para nossos queridos e principalmente,
quando a nossa “... aurora brilhar até ser dia perfeito”,
iremos para a Casa do Pai,
levando conosco os molhos dos frutos que plantamos,
no intervalo que tivemos neste mundo
para fazer algo,
para realizar a missão
que Deus nos confiou.


Sim,
Deus tem todos nós em suas mãos!

........................
* Deus tem o mundo em suas mãos – negro spiritual, tradução de Bill Ichter, arranjo de W. Reynolds, impresso em Antemas corais, JUERP(1961

**
Abraços e beijos para todos os meus irmãos nesta caminhada
Westh Ney
Rio, 21/09/2009, 10h


sábado, 12 de setembro de 2009

Dietrich Bonhoffer (1906-1945)

Alguns pensamentos de Dietrich Bonhoeffer (1906-1945), do site www.prazerdapalavra.com.br

CRIANÇAS
“O teste de the moralidade de uma sociedade é o que ela faz por suas crianças".

DEUS
“Um Deus que nos prova a sua existência seria um ídolo".

DIREÇÃO
“Se você tomou o trem errado, não adianta correr pelo correr na outra direção".

GENEROSIDADE
"Se você pratica uma boa ação para os outros, você cura a si mesmo, pois uma dose de alegria é cura espiritual".

GRATIDÃO
“A gratidão transforma as pancadas da memória em tranquila alegria".

JULGAMENTO
“A verdade de Deus julga as coisas a partir do amor; a verdade de Satanás julga as coisas a partir da inveja e do ódio".

OBEDIÊNCIA
“Um ato de obediência é melhor que cem sermões".
“Somente aquele que crê é obediente e somente aquele é obediente crê”

RESPONSABILIDADE
“A ação não vem do pensamento, mas da disposição à responsabilidade".

SILÊNCIO
"A marca da solitude é o silêncio, assim como a fala é a marca da comunidade. O silêncio e a fala têm a mesma força interior e a mesma diferença que a solitude e a comunidade. Uma não existe sem a outra. A fala certa vem do silêncio. O silêncio certo vem da fala".

SOFRIMENTO
“Devemos aprender sobre a pessoas menos em função do que fazem ou deixam de fazer, mas mais em função do que sofrem".

***
CONHECE ALGUM PENSAMENTO RELEVANTE DE DIETRICH BONHOEFFER?
Mande para israelbelo@gmail.com , que publicará depois de verificar a fonte.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Koinonia - comunhão e partilha

Westh Ney

Caríssimos leitores, vocês não acham que o sentido ou conceito de culto tem se perdido tanto que muitas vezes fica difícil até saber o que estamos fazendo diante do Poderoso, que nos atraiu com seu amor e que nos chama para uma koinonia?

Você sabe que Koinonia é uma palavra grega, que significa "comunhão", "compartilhar", repartir", "ter parte em", "participar de", "partilhar", "sentir junto"? Esta palavra aparece muito no Novo Testamento e com mais detalhes e enfoques diferentes, mas sempre tocando neste sentido do ter comunhão. Você pode estender estes conceitos no Dicionário Internacional de Teologia de Coernen e Bown, páginas 373 -377, da Vida Nova.

A melhor de todas as experiências, a mais significativa, a mais misteriosa e difícil de explicar (porque não explicamos experiências, não?) é a do encontro com o homem com Deus e com o seu próximo. Esta é uma definição para culto coletivo que quase todos concordam.

Perto da Cruz, debaixo, à sombra da Cruz de Cristo não separaremos a comunhão com meu irmão da minha comunhão com Deus. Pense na cruz. Ela é formada da dimensão horizontal e vertical. Como eu posso apregoar e gritar para todos que amo a Deus, se não amo meu irmão, se não estendo a minha mão para o outro. Cuidado gente que estender a mão não é só encostar aquela mão boba na mão do outro quase caindo, escorregando e deslizando os dedos Isto é irrelevante e desnecessário.

Jesus disse: “Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros”. (João 13:34-35 NVI)

Este versículo me incomoda e me enche de emoção. Já pensaram alguém dizendo para outro:
- Sabe aquele pessoal daquela igreja de crentes que existe na rua tal? Eles são cuidadosos uns com os outros. A minha vizinha Maria estava doente e você precisava ver como as pessoas a visitavam, cuidavam dela. Eles se amam mesmo.” Se nada fizéssemos, nenhuma Cruzada ou Congresso, ou metade das atividades que temos em nossas igrejas, ainda assim pelo testemunho de amor entre nós, o Senhor Jesus seria conhecido. Grande desafio.

João disse: Amados, amemos uns aos outros, pois o amor procede de Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. Foi assim que Deus manifestou o seu amor entre nós: enviou o seu Filho Unigênito ao mundo, para que pudéssemos viver por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. Amados, visto que Deus assim nos amou, nós também devemos amar uns aos outros. (João 4. 7 - 11 - NVI)

Nossos encontros com Deus e com a comunidade, com as pessoas precisam promover saúde de todas as formas, atitude, salvação, renovação, transformação. Só um lembrete - antes de transformação tem que haver quebrantamento.

Afirmamos e apregoamos que a igreja Cristã é um espaço de comunhão, mas precisamos parar e pensar o quanto isto, HOJE, é real. Bem, não vou falar de cesta básica, nem de reuniões nos lares, momentos de oração no templo em rodinhas ou duplas, e nem de bolinhos e cafezinho após os cultos, sequer de festinhas de múltiplas comemorações de coro, da 3ª idade, dos singles, juventude e outros movimentos mais.

Normalmente chamamos a parte ou momento da ordem do culto ou liturgia onde acontece a Celebração da Ceia do Senhor, em memória de Cristo, de COMUNHÃO. Ali, uma vez por mês, no 1ª domingo, orando silenciosamente, somos chamados para olharmos para dentro de nós mesmos e assim conscientemente confessarmos nossos pecados,. Recebemos então os elementos - pão e vinho -, alguém ora e tomamos todos juntos - “... em memória de mim" -, como disse Cristo na sua última ceia com os discípulos.

Este ritual em uma igreja batista é ao mesmo tempo com toda a congregação. Esperamos a voz de comando do celebrante, levamos aos lábios de forma individual os elementos, todos juntos, mas " tu no teu cantinho e eu no meu", como dizia a canção que está no hinário tradicional - O Cantor cristão.

Este rito nas igrejas chamadas históricas como presbiteriana, metodista, episcopal, luterana é ato individual e é denominada a Santa Ceia. Seja indo à frente para receber do reverendo ou pastor o cálice e o pão, ou seja, sentado mesmo no banco, lado a lado com o irmão, mas ainda fechados , olhando para dentro de nós mesmos. Esta situação ainda considero pior, pois cada pessoa ao receber os elementos coloca logo na boca e " bye, bye, vou para Porto Alegre tchau". Este é o momento de comunhão. (!?) O pior é que muitos saem deste momento acreditando que já fizeram a sua parte, a sua obrigação.

Já presenciei e eu mesma dirigi uma ceia onde pedimos que cada um trocasse o seu cálice com o de outra pessoa confraternizando e ampliando o ritual. Isto é pouco, isto é quase nada, mas nossos ritos se forem imbuídos de significado acionam um pisca alerta dentro de cada um. Uma variação: já vi alguns pedindo ao povo que fizessem isto com quem tenham algum problema. Assim, de cara limpa, ao vivo, no susto e com uma grande multidão de testemunhas, dependendo do tamanho da congregação. Entendo que isto é um pouco constrangedor para uns e um momento de exposição para os que gostam. Precisamos cuidar que nosso movimentos tenham um significado honesto e verdadeiro.

Parodiando um comercial do xarope Rum creosotado, que vinha no teto ou lateral dos bondes para lermos enquanto ele rodava nos trilhos digo: Este senhor ou senhora ou criatura que senta ao seu lado tem dores, amarguras, solidão e acredite está quase morrrendo aos poucos, mas não se constranja, não se comprometa, não precisa conversar com ele, nem trocar endereços. Estenda a mão e o cumprimente tão somente (isto é melhor do que dizer para uma pessoa que nunca vi que o amo e ainda chamá-lo de querido irmão, quando em casa alguns nunca disseram isto). Então, voltamos nosso olhar para nós mesmos, abaixamos a cabeça e tomamos nosso cálice individual. Alguns usam o momento final quando os cálices são recolhidos, para que sejam abraçados os que sentam ao nosso lado, ou à frente ou atrás e que se diz meu irmão (muitos que eu não conheço e que até nunca vi mais gordo). Ali então, neste momento nos livramos da culpa e saudamos a cada um com a paz de Cristo ou com qualquer mote eclesiástico, só por formalidade. Os mais pitiáticos e já neuróticos com sua bi, tri polaridade, limpam as mãos e o beijo que receberam e voltam para sua vidinha mais ou menos boa de cada dia já com a consciência limpa.

Alguns ficarão até bem felizes e acalentados com esta carícia de plástico, pois é a única expressão de calor que receberão nos próximos dias até a 1ª semana do mês seguinte. Bem, antes disso alguns serão abraçados formalmente na porta da igreja por um introdutor, que " só cumpre ordens...", como diria a juíza da Ópera do Malandro de Chico Buarque, que ao ser inquirida por uma injustiça cometida, corre de um lado para outro repetindo este refrão: - eu só cumpro ordens, eu só cumpro ordens

Ainda bem, que não estou sozinha nestas divagações e inquietações. Ainda bem que alguns já estão fazendo algo diferente e mais significativo. O culto não é para recebermos bênçãos dirão alguns, ele não é antropocêntrico, mas cristocêntrico digo eu e muitos, mas sejamos honestos. Isto não é tudo. Os cultos coletivos em uma igreja ou qualquer outro local são em nome do Senhor Jesus e realizado por e com todos nós - pessoas, humanos - que ali estamos. Não somos almas sem corpos, não somos zumbis, ou mortos vivos (se bem que alguns até parecem). Estamos ali e cada ser humano é convidado pelo apóstolo Paulo para ser a carta viva de Cristo, o perfume suave de Cristo para mudar o ambiente que o cerca. Será que exagerei? Bem, se for desta forma, então é melhor ficar cultuando individualmente pela internet.

Na realidade para mim a ceia deveria ser em todos os cultos para trazer a memória de alguns desmemoriados o que ali estamos fazendo. Cada culto deveria ser sempre um trazer á memória o que Cristo fez na cruz por nós além de enfatizar ou recordar o que cremos que é a esperança da Sua volta.

Saímos do conforto dos nossos lares, com tanto perigo e violência, para ir a uma igreja onde cantamos, aliás, quando nos deixam ouvir pelo menos a nossa própria voz ou quando o som dos instrumentos ou mesmo da voz está um pouco mais baixo; também oramos, bem se pelo menos tiver oração silenciosa, sem nenhum instrumento me orientando pode ser que eu até consiga orar do jeito que quero ou sei, sem nenhuma indução.

Ouvimos alguém bem longe de nós, em uma plataforma, em posição de destaque, em nome de Deus, falando quase 40 minutos, algo que não ajudará em nada durante a semana, a vida pessoal, afetiva, relacional, social do povo.

Precisamos de pessoas que falem à nossa alma sedenta, as mesmas palavras que lemos na Bíblia interpretando-a para o SER de hoje do século XXI que precisa da Graça de Deus para fazer um mundo melhor. Não inventem nada, não me ensinem outras filososfias e teorias políticas. Sejam diretos, sem rodeios e falem da mesma mensagem antiga, contem para mim e para meus irmãos caminhantes neste mundo de meu Deus, a velha história de Cristo e seu amor.

Pessoas tristes e carrancudas, algumas sorridentes até demais, estão conduzindo, guiando as congregações que estão quase (quase?) virando uma massa. Já estou cansada de falar, mas tem mais de 30 anos que digo isto: "Não transformem a congregação de fiéis em massa de manobra, em gado marcado, teleguiada ", principalmente com palavras de ordem ou naquela situação quando um líder para animar grita: Amém irmão! E todos (eu heim Rosa, me tira disto) respondem sem saber o que estão afirmando com este Amém. Aliás, todos sabemos que amém significa concordar com o outro que está falando algo, quer dizer – assim seja! Assim seja o quê, cara pálida!

Eu tenho que parar por aqui, pois está muito grande este post e a preguiça de todo mundo é grande. Leiam e comentem. Depois vou escrevendo mais. Nem sei se adianta alguma coisa, mas pelo menos eu desabafo.


domingo, 6 de setembro de 2009

Ensinar o mundo inteiro a cantar

“O povo é, no fundo,
a origem de todas as coisas belas e nobres,
inclusive da boa música! [...]
Tenho uma grande fé nas crianças.
Acho que delas tudo se pode esperar.
Por isso é tão essencial educá-las.

É preciso dar-lhes uma educação primária de senso ético,
como iniciação para uma futura vida artística. [...]
A minha receita é o canto orfeônico.
Mas o meu canto orfeônico deveria, na realidade,
chamar-se educação social pela música.

Um povo que sabe cantar está a um passo da felicidade;
é preciso ensinar o mundo inteiro a cantar”.
(VILLA-LOBOS, 1987)