segunda-feira, 11 de maio de 2009

Liderança: Nossas prioridades

Westh Ney Rodrigues Luz

Existe uma ilustração sobre a importância de algumas áreas da nossa vida que acho muito interessante. Há alguns anos li sobre isto - parece que é da autoria de um ex-presidente da Coca-Cola - e quando vejo alguém com o foco distorcido, lembro sempre disto.

Esta ilustração diz que possuímos cinco bolas - quatro de vidro e uma de borracha. As de vidro representam a família, a saúde, o conhecimento e a espiritualidade. O trabalho é a bola de borracha. Já tiramos logo a nossa conclusão, não? A única bola que caindo volta é a de borracha, é a que representa o trabalho. As outras são de vidro. Se caírem quebrarão. Por que então dedicamos mais tempo ao trabalho e negligenciamos as bolas que representam áreas importantes da nossa vida e que dão suporte e valor à nossa existência.

O trabalho acontecerá, surgirá novamente, mas as outras áreas podem ser irreversíveis. Já foi tempo que um profissional que só desempenha um papel – executivo, professor, médico, pastor – e nele pensa dia e noite não desenvolvendo todas as outras áreas da sua vida - família, saúde, conhecimento e espiritualidade – era buscado e apreciado. Empresas e organizações buscam outro tipo de profissional – alguém que consegue cuidar dos papéis que a vida tem lhe imposto, cuidando da sua vida pessoal e mantendo um equilíbrio entre todos estes. Este equilíbrio garantirá a possibilidade de qualidade de vida.

Em administração – seja em livros ou palestras – o que vemos e ouvimos – é sempre a idéia de buscar uma pessoa, um profissional que seja íntegro, que não negocie seus princípios, que saiba a que veio – quem é, onde está e para onde quer ir. Além disto, é claro que precisa ter conhecimento e ser competente no que faz, mas é necessário que tenha valores morais e princípios.

Penso que para isto, antes de sair para conquistar o mundo, deveríamos sentar e escrever nossa declaração de missão pessoal, perguntando/respondendo antes as questões abaixo:

1. Que coisas quero ter?

2. O que quero realizar, experimentar, fazer?

3. Quero ser alguém com as seguintes qualidades de caráter, com os seguintes princípios...

Quando respondermos a estas colocações, estaremos prontos para começar a escrever a nossa Declaração. Quando em meio a conflitos, crises, mudanças abruptas e não esperadas, será esta convicção para onde caminhamos, que dará o suporte necessário para continuar ou recomeçar. É muito interessante saber onde desejamos chegar, traçando metas para continuar seguindo, pois muitas vezes, saber para onde não desejamos ir, em alguns casos, é a única certeza e isto já é bom. “Eu não sei para onde ir, mas sei que para lá não vou”.

Outra necessidade é de afirmar o que é necessário ou contingente, importante ou urgente, essencial e secundário. Por isto a importância de um planejamento a curto, médio e longo prazo precisa acontecer, para que não fique um bom profissional trabalhando em estresse, na corda bamba ou no limite. Isto será um fator de economia de tempo e de exercício de pro atividade.

Não esqueçamos outro detalhe – investir em gente. Tarefas são importantes, mas elas são realizadas por pessoas. Gente, pessoas, seres humanos devem ser sempre nossa prioridade.

Westh Ney – http://blogdawesth.blogspot.com/

Um comentário:

  1. Ricardo Aigner16/5/09 08:22

    Olá, Westh Ney! Parabéns pelo blog. Não resisti a dar uma contribuição, embora ela esteja na contra mão de tudo o que você disse. Prefiro a curta orientação do fim do Eclesiastes: "Agora que já se ouviu tudo, aqui está a conclusão: Tema a Deus e obedeça aos seus mandamentos, porque isso é o essencial para o homem". A isto acrescento como máxima as palavras do genial Paulo Leminsky: "Distraídos venceremos!"
    Abraço!
    Ricardo Aigner

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