domingo, 18 de junho de 2017

Liturgias para diversas ocasiões_Leonardo Barros
















Liturgias elaboradas por Leonardo Barros que estão no site de Israel Belo de Azevedo:

1. FÉ 

2. BÍBLIA

3. GRAÇA

4. FAMÍLIA

5. ESPERANÇA

6. CEIA

7. CEIA DO SENHOR

8. CEIA DO SENHOR

9. CONFIANÇA

10. AUTOESTIMA

11. COMPROMISSO

12. AVIVAMENTO
  


MM Leonardo Cunha de Barros Bacharel em música Sacra pelo Seminário do Sul, e bacharel em Regência pela UFRJ.
Foi Ministro de música  na Igreja Batista Itacuruçá, Tijuca, Rio, RJ. Foi prof. do STBSB - Seminário do Sul


  • Em Janeiro de  2011 mudou com sua família para os EUA, para Campbellsvile, Kentucky.
  • Em dezembro de 2014 terminou Mestrado de Musica em Regência de Orquestra.
  • De  outubro 2013 a dezembro de 2014 foi Ministro de Musica interino na Junction City First Baptist Church.
  • Em 2015 foi para o Texas  onde faz o Doutorado em Música na Igreja com ênfase em Regência.
  • De outubro de 2015 a julho de 2017 foi Ministro de Música na New Hope Baptist Church em Mansfield, Texas.
  • Está de malas prontas para ser Pastor de Adoração e Artes da Armitage Baptist Church, tomando posse dia 15 de Julho 
  • Casado com a talentosa pianista MM Claudiane Barros e forma uma linda  Com Letícia, Daniel e Lucas. São netos da profª Magali Cunha que  lecionou muitos anos no IBER e no Seminário do Sul.


Sempre frutificando







Ordem de Culto:
Sempre frutificando
criada por Leila Gusmão, impressa na Revista Louvor, ano 18, nº 62, volume 1, 1995.

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Revista de música Louvor, da editora Convicção da CBB –  Convenção Batista Brasileira

































Revistas novas pelo e-mail literatura@conviccaoeditora.com.br

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Hoje vou ouvir sobre catedrais com Stella Junia

Segue abaixo o discurso da querida profª Stella Junia Ribeiro – professora e compositora – paraninfa da turma de Música Sacra do Seminário do Sul/STBSB, em 2005. Lindo, sobre a Catedral de dentro ou Encontrando Deus no quintal
.
Caro reitor, coordenador do curso, colegas professores,
senhores e senhoras presentes, queridíssimos alunos formandos,
Hoje vou falar de catedrais...
Edificações fundamentais na vida de qualquer ser humano.
Falarei da sua importância, dos materiais para construção (para fundações e acabamentos), e depois das dicas para construção, darei sugestões para seu funcionamento, seus serviços e suas rotinas.

Pretendo partir da minha própria experiência.
Então, na verdade são experiências de construção da minha catedral que eu vou compartilhar, isso é bem diferente do que seria uma aula técnica para construções e edificações. Ah, é bom ressaltar algumas características dessa catedral:


1. Ela não cresce para cima e para fora. Ela cresce para dentro e para baixo.

2. Não tenta alcançar o céu em torres magníficas, mas ela cria raízes profundas.

3. Não é espaço para multidões. É lugar de solidão.

4. Os eventos não obedecem a agendas ou horários, aliás, quanto mais profunda a catedral, mais intensos serão os serviços, podem durar as 24hs do dia.

5. Nada de coral ou grupos instrumentais. É música sem som, performance sem movimento. 

6. Fala também não tem. Até porque a lei que impera nessa catedral é a lei do SILÊNCIO. Mas, mesmo sem fala e pregação, posso aprender a cada minuto do meu dia.

7. Sem introdutores ou equipes de relações públicas. Estarei sempre em casa, e na minha casa não preciso de ninguém que me diga onde sentar. Sei que sou bem-vinda sempre.

8. Sem diáconos, ou servos. Eu mesma me sirvo, pois a mesa está posta 24hs por dia.
Só não me saciarei se não quiser.

9. Nada de profecias e pretensos intermediários: minha fala

A mística do encontro com Deus precisa da catedral de dentro, da edificação da alma, que se constrói no silêncio e na solidão. As grandes assembleias, dos templos de fora, falam em Deus, cantam de Deus, cultivam a relação entre as pessoas (e isso tudo é muito bom), mas eu tenho encontrado Deus no silêncio. E eu só consigo silêncio na solidão.
Esse lugar maravilhoso e misterioso que eu cultivo como se fosse um templo para dentro de mim, onde só eu entro e Deus está lá, me aguardando sempre, e no nosso silêncio nos encontramos.

Queridos, num mundo onde ouvimos tantas falas, tantos sons, tantos modelos de templos para fora, isso de repente gera confusão e uma perplexidade grande.
Eu corro para dentro. Desço os degraus da minha alma, e cada descida é mais profunda que a anterior. E Deus fala a mim. Como fala a ninguém mais, pois Ele sabe o meu nome, os meus pensamentos, conhece cada passo da minha vida e o trato dEle comigo é pessoal.

Para além das gestões, das harmonias todas, funcionais ou não, das percepções, das monografias, das performances musicais, das teologias e estéticas, o que manterá vcs, nos templos de fora, nas universidades, nos magistérios escolares, é a construção da catedral de dentro.

Essa é uma obra que nunca acaba. E quanto mais avança é sempre para dentro, para o fundo da nossa alma. É nessa catedral que eu me encontro, que aprendo a aceitar as surpresas da vida, nem sempre boas, que me consolo, que me  reanimo, que me percebo, que me entendo, que contemplo absolutamente fascinada e perplexa o quanto Deus me ama, a ponto de ser Deus comigo, Deus em mim, e poder encontrá-lo na nossa "catedral de dentro", e lá ouvi-lo, sentir o seu amor INCONDICIONAL, e viver experiências absolutamente pessoais e intransferíveis.
Se chegarmos a este ponto, nada nos confundirá, nem nos decepcionará, nenhum escândalo nos abalará, pois saberemos em quem temos crido, e essa experiência, se alguém quiser questionar ou invalidar, nós saberemos o quanto vale, pois será fruto da nossa vivência com Ele, Emanuel, Deus conosco, Deus em nós.

Bom, de resto, ou como disse Jesus "as outras coisas", todas continuam a acontecer, pois "O rio correrá para o mar e nada deterá o seu curso". Muitos aqui terão seus filhos, construirão suas famílias, terão ministérios eficazes, serão grandes professores, grandes instrumentistas, com dores e prazeres, porque a vida é esse “caldo” todo mesmo. Mas o sentido virá sempre de dentro, do tempo que você gasta para dentro, na edificação de dentro.

E muito a propósito, gostaria de ler um poema de Emily Dickinson (1830-86):


“Alguns guardam o Domingo indo à Igreja -
Eu o guardo ficando em casa
tendo um Sabiá como cantor
e um Pomar por Santuário.
- Alguns guardam o Domingo em vestes brancas
mas eu só uso minhas Asas
E ao invés do repicar dos sinos na Igreja
nosso pássaro canta na palmeira.
É Deus que está pregando, pregador admirável
e o seu sermão é sempre curto.

Assim, ao invés de chegar ao Céu, só no final
eu o encontro o tempo todo no quintal. “


Peço permissão aos presentes, para dedicar esse momento à  memória de Joselita Guimarães Ribeiro, minha mãe: figura silenciosa, discreta, misteriosa, cuja prioridade em vida era ir para o templo de dentro e seu maior desejo era permanecer no silêncio de Deus. Agora ela realizou o seu desejo, para além do eterno, e sei que ao invés de perguntas teológicas e curiosidades outras, ela deve estar apenas contemplando silenciosamente .
Aquele que foi o seu maior amor em vida: Jesus.
obrigada.
Stella Junia Ribeiro