sexta-feira, 12 de setembro de 2025

SALMOS E HINOS - o 1º Hinário Protestante do Brasil

Salmos e Hinos é o 1º Hinário Protestante do Brasil, da Igreja Congregacional Evangélica Fluminense. O SH (Salmos e Hinos) produziu e contribuiu com grande quantidade de hinos à maioria dos hinários publicados no Brasil. Durante muitos anos foi o hinário usado por todas as denominações. Esta coletânea é fruto do trabalho missionário do casal Dr. Robert Reid Kalley (1809-1888) e Sarah Poulton Kalley (1825-1907). Chegados ao Brasil em 1855, criaram a Escola Dominical cantando hinos em português escritos pelo Dr. Kalley e Sarah Pulton Kalley, sua esposa. Também tinham uma classe em alemão e outra em inglês

“O valor de ‘Salmos e Hinos’ é inegável; e o seu passado histórico e atuante através dos anos (...) foi o primeiro hinário evangélico brasileiro no vernáculo, tendo servido a todas as denominações, indistintamente, até que organizassem seus próprios hinários”. (BRAGA, Henriquieta Rosa Fernandes, a pesquisadora). 

Em 1861 foi publicada a primeira edição de Psalmos e Hymnos para o uso daquelles que amão a nosso Senhor Jesus Cristo com 50 cânticos (entre Salmos e Hinos) e logo após incluindo um suplemento de 6 hinos e mais um avulso. Hoje, na importante Quinta edição revisada de 1975, ele contém 652 títulos. Em 1868, o hinário tomou o nome de Música Sacra, e na verdade ficou como a 1ª edição de Psalmos e Hymnos com Músicas Sacras, com a inclusão de músicas para crianças e para o coro (100 cantos). 


A quinta edição trabalhou nas revisões de textos e reestruturação aperfeiçoando as indicações corretas de autores e tradutores, compositores e arranjadores, títulos originais, métricas, referências bíblicas, notas históricas importantes e índices completos. Cerca de .... índices Hinos de importância da Hinódia universal foram acrescentados, já conhecidos de outras coleções e também correções de prosódia, reduzindo as estrofes e modernizando a escrita musical (musicografia). Na comissão revisora estiveram o Rev. Manoel da Silveira Porto Filho e a Profª Henriqueta Rosa Fernandes Braga.
 



Os principais autores, iniciadores e organizadores do Salmos e hinos: Dr. Robert e D. Sarah Kalley, são responsáveis por 165 hinos. Seu filho adotivo, Dr. João Gomes da Rocha, filho adotivo do casal Kalley, carioca, estudou medicina em Londres e foi médico missionário na Argentina, Uruguai e Brasil, traduziu, adaptou e escreveu muitos hinos e 62 estão em SH.

Dezesseis anos depois da Quinta edição do SH – Salmos e Hinos, surge o HCC – Hinário para o Culto Cristão (1991, há 34 anos) com a proposta de fazer um hinário alternativo aos Batistas Brasileiros, para que não fosse completamente alterado o CC – Cantor Cristão que completava 100 anos de existência (hoje o CC tem 134 anos e SH 164). 



 SARAH POULTON KALLEY (1825 / 1907)

É conhecida  como a Mãe da Hinódia Brasileira, por seu pioneirismo e hinos e também sua contribuição para a organização e compilação do pioneiro hinário em português no século XIX – o Salmos e hinos. D. Sarah era inglesa e muito culta. Era poeta, professora, missionária, falava hebraico, inglês, grego e português filha de 
William Wilson (1801) e Sarah Poulton Morley (1802 – 1825). Nasceu em 25 de maio de 1825,  na região leste da cidade de Nottingham, Inglaterra. Seus pais eram de famílias inglesas *não conformistas e ligadas ao movimento puritano e herdou a tradição huguenote que a influenciou. Conheceu e casou com Dr. Robert Kalley (foi sua 2 ª esposa) e vem para o Brasil convicta do chamado e da missão que Deus confiou ao casal.

CARDOSO afirma que com a nova fé, da poeta, missionária e professora, Sarah Kalley  trazia junto e divulgava sua própria e individual cosmovisão da cultura anglo-saxã, protestante e puritana, em que foi criada, fazendo adaptações seletivas adaptando-a ao “universo cultural e social de seus interlocutores”.

Sarah Kalley era fantástica.Chegou ao Brasil na metade do século XIX. Nessa época a higiene e educação eram precários. Então mudaram para Petrópolis e ela escreveu um livro para ajudar as pessoas a cuidarem de suas casas: A alegria da casa,
 em 1866. Seus hinos abençoam com excelente teologia ainda hoje (há 164 anos). A história do Protestantismo no Brasil não pode deixar de passar pelos hinários, e no caso o primeiro em língua portuguesa.

* O “não conformista” era aquele que não aceitava as práticas e 
governo da Igreja Anglicana. Hoje o termo usado para as igrejas não 
conformistas é "igrejas livres". Livres do controle do estado.


Profª Westh Ney Rodrigues Luz

sexta-feira, 5 de setembro de 2025

SALMOS - biblografia | sugestão

 ALLEN, Clifton (ed.).  The Broadman Bible Commentary. Nashville: The Broadamn Press, 1971, 12 vols.

 
ARCHER, Gleason. Merece Confiança o Antigo Testamento? Trad. Gordon Chown. 2ª ed., São Paulo: Edições Vida Nova, 1979 

BACON, Betty. Estudos na Bíblia Hebraica. São Paulo: Edições Vida Nova, 1991

 
BALLARINI, Teodorico (ed.).  Introdução à Bíblia - III/2 - Os Livros Poéticos. Trad. Ney Brasil Pereira e Ephraim Ferreira Alves. Petrópolis: Editora Vozes, 1985


BARCLAY, William. Las Bienaventuranzas.  Buenos Aires: Asociación Editorial La Aurora, 1976


BETTENCOURT, Estêvão.  Para Entender o Antigo Testamento.  4ª ed. Aparecida: Editora Santuário, 1990


BAXTER, J. Sidlow. Examinai as Escrituras -Jó a Lamentações. Trad. Ney Siqueira. São Paulo: Edições Vida Nova, 1993.


BOTTERWICK e RINGREEN (eds.)Theological Dictionary of the Old Testament. Grand Rapids: Wm.B. Eerdmans Company, 1986, 5 v.


BRAGA, Henriqueta Rosa Fernandes. Salmos e Hinos. RJ: Igreja Evangélica Fluminense,  1975. (p.VIII)


BRIGHT. John. História de Israel. Trad. Euclides Carneiro da Silva. 4ª ed. São Paulo: Edições Paulinas, 1978

 
BUTTRICK, G. A. (ed.) The Interpreter's Bible. Nashville: Abingdon Press, 1952, 12 v.

 
CHOURAQUI, André. A Bíblia - Louvores I. Trad. Paulo Neves. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1998

 
CHOURAQUI, André. A Bíblia - Louvores II.  Trad. Paulo Neves. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1998

                 
COELHO FILHO, Isaltino Gomes. Teologia dos salmos – princípios para hoje e sempre. Rio de Janeiro: JUERP, 2000

 
CRABTREE, Asa. Teologia do Antigo Testamento. 4ª ed., Rio de Janeiro: JUERP, 1986

 
ELLISEN, Stanley. Conheça melhor o Antigo Testamento. Trad. Emma A. Souza Lima

São Paulo: Editora Vida, 1991

 
GIRARD, Marc. Como Ler o Livro dos Salmos.  São Paulo: Edições Paulinas, 1992

 
GRAUMAM, Helen G. O hinário do segundo templo In Música em minha Bíblia. S.P: Casa

             Publicadora Brasileira,1968. (p.150)


GOURGUES, Michel. Os Salmos e Jesus - Jesus e os Salmos. São Paulo: Edições Paulinas, 1984

 
HARRIS, Laird (ed.).  Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. Trad. Márcio Loureiro Redondo, Luiz Alberto Sayão, Carlos Osvaldo Pinto. São Paulo: Edições Vida Nova, 1998


HUSTAD, Donald. Música e adoração na Bíblia In Jubilate ­ A música na igreja. S.P: Vida Nova,1986.

JANZEN, Karl. Apostila de Antigo Testamento. Faculdade Teológica Batista de Brasília, sem fins comerciais


KAISER, Walter. Teologia do Antigo Testamento.  Trad. Gordon Chown. São Paulo: Edições Vida Nova, 1980

 
KAUNG, Stephen.  The Songs of Degrees.   New York: Christian Fellowship Publishers, Inc., 1970


KEIL, Franz. Biblical Commentary on the Psalms. Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans Company, 1949, 

KIDNER, Derek Salmos 1-72 - Introdução e Comentário. Trad. Gordon Chown. São Paulo: Edições Vida Nova, 1980

 
KIDNER, Derek, Salmos 73-150 - Introdução e Comentário. Trad. Gordon Chown. São Paulo: edições Vida Nova, 1981.

 KRAUS, Hans-Joachim, Teologia de los Salmos. Salamanca: Ediciones Sigueme, 1987

 
LASOR, William; HUBBARD, David A.; BUSH, Frederic W. Bush. Introdução ao Antigo Testamento. São Paulo: Vida Nova,1999

  
MILES, Jack. Deus - Uma Biografia.  Trad. José Rubens Siqueira. 2ª ed. S. Paulo: Cia. das Letras, 1997. 

MORRIS, Henry. Amostra de Salmos. Trad. Luiz Aparecido Caruso. Miami: Editora Vida, 1986


NELSON, Eduardo. Eis libro de alabanza de los judios In Que mé pueblo adore. USA :Casa 

           BautistadePublicaciones,1986(p.54)


PLUMMER, William. Psalms. Edinburgh: The Banner of Truth Trust, 1975

 
ROWLEY, Harold.  A Fé em Israel. São Paulo: Edições Paulinas, 1977.

 
SCHULTZ, Samuel. A História de Israel no Antigo Testamento. Trad. João Marques Bentes. São Paulo: Edições Vida Nova, 1977


SHEDD, Russel (ed.)  O Novo Dicionário da Bíblia. São Paulo: Edições Vida Nova, s/d, 3 v.


SLOAN, W. Panorama do Antigo Testamento. Trad.  Emílio de Carvalho. Porto Alegre: Publicadora Ecclesia

 
SPURGEON, Charles.  The Treasury of David. Grand Rapids: Baker Book House, 2ª ed., 1978, 7 v.

 STOTT, John. Salmos Favoritos.  Trad. Carlos Osvaldo Pinto. São Paulo: Abba Press, 1987


TERRIEN, Samuel. The psalms anä their meaning for today. USA: Bobbs Merriis co, 1952

 
TENNEY, Merril (ed.)  The Zondervan Pictorial Encyclopedia of the Bible. Grand Rapids: Zondervan Publishing House, 2ª ed., 1977, 5 v.


UNTERMAN, Alan.  Dicionário Judaico de Lendas e Tradições. Trad. Paulo Geiger. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1992


VAN GRONINGEN, Gerard.  Revelação Messiânica no Velho Testamento.  Trad. Cláudio Wagner. Campinas: Luz Para o Caminho, 1995.


VON RAD, Gerhard.  Teologia do Antigo Testamento. Trad. Francisco Catão. São Paulo: ASTE, 1984, 2 v.


WEISER, Arthur.  Os Salmos.  Trad. Edwino Royer e João Rezende Costa. São Paulo:  Paulus, 1994

 
WESTERMAN, Claus.  Teologia do Antigo Testamento. Trad. Frederico Datler. São Paulo: Edições Paulinas, 1987

sábado, 28 de junho de 2025

Os ombros suportam o mundo

Carlos Drummond de Andrade 


Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.


Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.


Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.


Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.
(sm)

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

Prelúdio 179 _ OH, VEM ME ENSINAR, SENHOR


 Caros leitores

O tema da CBB – Convenção Batista Brasileira de 2024 é - Vivamos o amor. Sua divisa está em João 13.35 que diz – “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”. Que desafio temos, pensando nos desdobramentos do amor pelas ênfases de cada mês. Não deixe de se aprofundar com seus liderados cada tema proposto. Temos versículos bíblicos que poderão ajudar você nas suas falas e ordens de culto.  Ah, como é fácil falar de amor, mas como é difícil diariamente lembrar de conjugar esse verbo. Verbo é ação. Amar é ação diária e de diversas maneiras.  

Na revista 178, foi ressaltado que deveríamos viver o verdadeiro amor na comunhão entre os irmãos, do próximo em suas necessidades e anunciando Cristo ao mundo. Nessa revista (179) o apelo é vivermos o verdadeiro amor, ensinando as verdades de Cristo, o amor nos nossos lares, sendo o cuidado com o outro. Quantos desafios!

Um hino que me encantou na revista 179, foi o do mês de abril, o 475 HCC, “Vem me ensinar, Senhor”, de Keegen, Kaschel, Hodges e Ralph Manuel, que diz assim:

1. Vem me ensinar, Senhor, a tua santa lei.
Os teus preceitos tão fiéis meus próprios eu farei.
Na senda que eu trilhar derrama a tua luz.
Desejo ter a doce paz que o teu amor produz.

3. Vem me ensinar, Senhor, a espalhar a luz.
Que todos, ricos e plebeus, conheçam a Jesus.
Vem avivar em mim o zelo e o fervor.
Que todos venham adorar a ti, ó Deus de amor.


A doce paz que queremos é produzida pelo amor de Deus. Esse amor que nos faz ir ao encontro de qualquer classe social – “ricos e plebeus para que “conheçam a Jesus” e “que todos venham adorar a ti, ó Deus de amor”. Aqui está o grande desafio nosso como cristãos. Não desviemos nossos pensamentos com tantas celebrações e cantos só de contemplação e consolo. Desafiemos a todos, começando por nós mesmos, a pensar na terra que vivemos onde por falta de amor, temos visto muitos morrerem aos pouquinhos e um dia talvez não haja mais tempo, pois morreremos e viveremos uma eternidade com Deus, ou sem Deus.

Por isso, na Conversa afinada, abordamos as crianças nas revistas 178 e 179.  Olhar, cuidar, amar e dar o nosso melhor para nossas crianças, é o que acontecerá de mais importante. Elas tão puras, cheias de bons pensamentos e ideais, podem aprender sobre o Jesus que nos acolhe, que amou as criancinhas, que valorizou as mulheres, que curou cegos e paralíticos, não se importando com a classe social, pois comeu e sentou com todos os que dele precisavam. Ah, esse Jesus fascinante, precisa ser conhecido de todos.

Que nossa oração seja: 

Oh, vem me ensinar, Senhor, pois quero fazer meus os teus preceitos, a tua santa lei.Que eu possa ser seu imitador, valorizando os peixinhos e os pães de um menino (HCC 475). Oh, vem me ensinar, Senhor, que quando eu estiver andando pelo vale escuro, ou da sombra da morte, não precisarei temer mal algum, porque o Bom Pastor estará comigo (HCC 187). Oh, vem me ensinar, Senhor, que quando neste tempo de incertezas, guerras, fomes e pobreza causam medo e aflição, suplicamos teu auxílio. Guarda os pais, as mães e os filhos na mais doce comunhão. Amém (HCC 593).


Que Deus nos abençoe e que não desanimemos de viver e falar de Cristo, pois ele dentro de nós é que nos ensina como amar.

_____________________

Profa. MM Westh Ney Rodrigues Luz, redatora da Revista Louvor

Prelúdio 182 _ ANUNCIEMOS O AMOR GRACIOSO


Queridos

Novamente o amor. Quero pensar um pouco junto. O tema da CBB – Convenção Batista Brasileira de 2025 é – Anunciemos o amor gracioso, abordando graça e amor e a divisa: “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós” – 1João 3.16a.

O tema do ano passado foi “Vivamos o amor” e a divisa era em João 13.35 que diz – “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”.

Perfeito. Agora que conseguimos entender o doce mistério do amor de Deus e que aprendemos a viver este amor, então, podemos anunciar aos outros. Como podemos anunciar algo que não experimentamos na vida real, diária, cheia de percalços e de choros e risos, de sonhos que despedaçam e de outros que se reconstroem?

Tivemos 365 dias para trabalhar em nós o “Vivamos o amor. Não é muito. É pouco. O “se vos amardes uns aos outros” tenho certeza foi desafiador. Jesus – o verbo, a palavra, o “vinde a mim”, o “vá e não peques mais”. Pode descer Zaqueu, eu já te vi. Vou pousar em tua casa. Ah, Jesus Cristo aquele cujo amor o levou a dizer: Lázaro sai para fora, venha para a Vida. Meus queridos, se conseguimos entender e experimentar um pouco do nosso amado Salvador, então, podemos pensar no tema deste ano - Anunciemos o amor gracioso.
 

Fiquei pesquisando sobre o amor nos hinos do HCC, mas não era bem isso que queria dizer. Fui sendo ensinada e apaziguada com a paz que vem do amor de Deus, que nasceu entre nós, o Emanuel, o Deus conosco. Quero só sorver esses versos que foram cantados e vividos por tantos que foram abençoados antes de nós.

“Eu te amo porque tu morreste por mim; eu te amo porque teu amor não tem fim[...] Eu te amo na vida e na morte também; sempre hei de louvar-te na glória de além. (62 HCC)

“Mil línguas eu quisera ter para entoar louvor à tua graça e ao teu poder, meu Rei e meu Senhor[...] Ó Mestre amado, meu Jesus, ajuda-me a levar, por todo o mundo, a tua luz, o teu amor sem par” (72 HCC)


Então, parei no HCC 82, que é uma declaração de amor e uma visão um pouco diferente do que já ouvimos e cantamos. O autor do hino diz mais ou menos assim:

Meu Deus, eu te amo, não porque espere o céu ou uma provisão de bênçãos.
Eu te amo não por medo de sofrer punições. Eu te amo Senhor, porque entendo que
toda aquela dor na cruz, foi para me dar vida e luz. O teu amor Senhor, que não tem fim me atrai como um imã, pois sem medo do céu não existir e do inferno não escapar ou mesmo que ele não existisse, eu ainda te amaria aqui. Sim, meu Deus a minha salvação és tu, manancial de amor. Um amor que não tem fim.


Se todos virem nos nossos olhos o brilho dessa graça e desse amor o “Anunciemos o amor gracioso”, será fácil. O amor cheio de graça e verdade nem precisará ser anunciado com falas e cantos. Ele será sentindo como o perfume que Maria derramou aos pés de Jesus. Sua adoração e louvor perfumou todo o ambiente. Sua experiência particular alcançou todos que estavam perto.

Que Deus nos abençoe e nos ajude a ver além das letras. 

Feliz ano novo!

___________

Profa. MM Westh Ney Rodrigues Luz, redatora da Revista Louvor

 

PRELÚDIO 172_Como um rio calmo

Se eu tivesse o poder nas minhas mãos e voz, gostaria de ver todos os batistas brasileiros cantando os hinos do HCC – Hinário para o culto cristão que já completou 30 anos(em 2021). Não o tenho, mas quando canto algumas belas e profundas poesias, gostaria tanto que todos pudessem sentir a mesma emoção que enche minha alma quando entoo o hino 331 - Como um rio calmo –  (Havergal,1874/Mountain,1876/tradução Moreton,1898).

Onde nós batistas estávamos que não conhecíamos esse hino? Foi traduzido em 1878 e caminhamos 104 anos
(em 2021) para que pudéssemos, como batistas, apreciar a poesia que diz que Deus traz a paz que satisfaz os crentes. Uma paz perfeita que cresce meiga e domina nossas vidas, trazendo a alegria. A metáfora linda que esse hino faz da paz que corre suave como um rio calmo me faz chorar de emoção. Quando estou aflita não tem como não ouvir dentro de mim e sai pelos meus lábios a poesia que diz – “Como um rio calmo vai correndo a paz.” E o meu coração se aquieta. Quero essa paz que flui do coração do Senhor como um rio calmo. “Ventos de cuidado, sombras de pesar nunca a santa calma poderão turbar”, diz a 2ª estrofe. Ah...não tenha medo, fique calma, os ventos que podem perturbar sua alma, tornar o rio bravio, perturbar sua paz, podem até vir, mas você está no abrigo da mão divina.

Cremos dessa forma, mas a poesia carregada pela linda melodia e harmonia faz com que confirmemos o que cremos. Eu sei que firmada em Deus, terei bênção completa que é paz e comunhão. Sei porque experimentei. Sei é mais do que crer. Sei é ter caminhado com o dono da vida, do vento, da tempestade... Que bendita certeza, a de que independente do que passarmos durante nossos dias – quer sejam alegres ou não – sempre o acharemos nos amparando. 


Quantas palestras, sermões, livros falando sobre paz, mas quando cantamos essa poesia, que é o hino, ela fica gravada no cantinho da nossa mente e brota um sorriso leve dos nossos lábios que começamos a cantarolar, pois sabemos que somos guiados pelos “raios derramados pelo sol de amor”.

Hino 331 HCC       
Como um rio calmo        (Havergal/Moreton/Mountain)

 
1. Como um rio calmo, vai correndo a paz
com que Deus aos crentes sempre satisfaz.
É perfeita e cresce meiga em seu poder,
alegrando a vida, dominando o ser.

    No Senhor firmado, tem o crente a paz,
    a completa bênção, comunhão veraz.


2. No bendito abrigo da divina mão
não há inimigo, não se vê traição.
Ventos de cuidado, sombras de pesar
nunca a santa calma poderão turbar.


3. São os nossos dias, de prazer ou dor,
raios derramados pelo sol de amor.
Pondo a confiança plenamente em Deus,
sempre o acharemos amparando os seus.


Perguntou-me
um amigo se achava que já deveríamos ter uma atualização com novos hinos no HCC. Então respondi com uma pergunta, se já conhecia o hino acima ou o 77 do HCC (3ª estrofe) que diz assim “com os enfermos vem estar, aos pobres vem alimentar; aos que no leito sofrem dor, dá teu alívio animador. Ele ficou mudo e emocionado e encontrou resposta no seu coração.

Ainda é tempo de gratidão ao Senhor por inspirar tantos hinistas, poetas, tradutores, compositores e arranjadores. Ainda é tempo de agradecer ao Senhor pelo belo hinário que temos, ainda desconhecido de muitos. Um dia todos se emocionarão, serão consolados e confortados quando encontrarem as belas poesias que estão dentro dele, podendo experimentar o Senhor do vento, do abrigo seguro e da paz.
Deus seja engrandecido!

_________________________________
Westh Ney Rodrigues Luz - redatora da revista de música Louvor
 

Revista Louvor nº 172

sábado, 26 de outubro de 2024

ANUNCIEMOS O AMOR GRACIOSO, CBB 2025

Caros amigos

Em 2025, nós, batistas brasileiros, viveremos sob o tema da CBB – Convenção Batista Brasileira, que nos motiva a realizar o IDE, que também conhecemos como a Grande Comissão, que recebemos do Senhor e que está em Mateus 28.19,20 que diz:

"Portanto, ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; ensinando-lhes a obedecer a todas as coisas que vos ordenei; e eu estou convosco todos os dias, até o final dos tempos."

 
Isto é tudo que sempre fizemos, mas gostaria que não fosse como um peso demasiado que não possamos suportar. O evangelho do Senhor Jesus nos diz em
Mateus 28.19,20.

Vinde a mim,
 todos os que estais cansados e sobrecarregados,
e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim,
que sou manso e humilde de coração;
e achareis descanso para a vossa alma.  
Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.
 

Talvez vocês, meus amigos músicos batistas, estejam sobrecarregados com tantos musicais,ensaios, preparação, acolhimento, discipulado, aulas, organização e direção dos cultos semanais. Não podemos, no meio da roda viva que muitas vezes estamos, esquecer que fomos alcançados pela graça do Senhor. O tema de 2024 foi vivamos o amor e o de 2025, é uma consequência natural. Anunciemos este amor gracioso, que Cristo deu a sua vida por nós” – 1João 3.16ª.


Debaixo da graça do seu grande amor seremos iluminados e alimentados e nossa alma será consolada. E o resultado acontecerá com base na unidade em Cristo Jesus e seremos abençoados enquanto estamos abençoando outros. Como a Revista de música Louvor, a de nº183, está voltada para as crianças, elas foram incluídas em momentos importantes da liturgia(p.32). E um momento precioso foi o canto infantil, Cristo, amigo das crianças, traduzido por Edith Allen, que está no HCC, número 162.

1. Cristo, amigo das crianças,
tudo és para mim.
Sê a luz no meu caminho até o fim.
Em bondade, cada dia,
faze-me crescer;
foste uma criança e podes me entender.

2. Pela mão me leva sempre

junto ao lado teu,
pois de ti preciso, ó Cristo, amigo meu.
Cristo, amigo das crianças,
tudo és para mim;
sê a luz do meu caminho até o fim
(Mathams/Allen/Siqueira /Almeida/Faircloth)

Quando tinha 16 anos, fui convidada para acompanhar o coro infantil, o dos principiantes, bem pequeninos, na Igreja Batista Itacuruçá. O hino era este, mas na coletânea Coros Juvenis (JUERP). Foi um desafio e um privilégio. Era com um acompanhamento lindo. Eu estudava e cantava junto. E essa letra foi entrando na minha mente, foi me moldando. Não se tratava só das crianças apreenderem os conceitos e princípios do hino. Também fui, como pianista, amansada, amaciada com a letra e a linda melodia. Até hoje eu canto este hino no meu coração e na minha mente. Leiam de novo a poesia, mas só as palavras em negrito. Um pequeno coro infantil abençoando a congregação, com pessoas doentes do corpo e da alma.

Deus abençoe cada um que está lendo.

O que você tem nas suas mãos?
Use-as para anunciar Jesus.
Anunciar este amor, cheio de graça e bondade.
O mundo está enfermo e Deus tem as nossas
mãos e voz para anunciar a sua bondade.

Westh Ney Rodrigues Luz