Edith Brock Mulholland, bacharel em Religião e Música pelo Pasadena College, na cidade de Pasadena, Estado da Califórnia e pós-graduada em música na Universidade de San José, na Califórnia. Especializou-se em canto.
A Associação dos
Músicos Batistas do Brasil – AMBB - concedeu em 19 de janeiro de 1993, o
“Prêmio Arthur Lakschevitz” para Dona Edith, na categoria “Músico Estrangeiro”
por seus serviços relevantes à Causa de Deus no Brasil, por meio da música.
Ela
e seu esposo, Dewey Martin Mulholland, um homem muito educado e atencioso e que
sempre recebia um e-mail sempre me dando notícias da d. Edith (assim que todos
a chamavam) vieram para servir ao Senhor no Brasil pela Missão Batista
Conservadora, em 1951. Chegaram ao Brasil em 1952, e com eles um casal de
filhos pequenos. Aqui mais dois nasceram. Timothy Mulholland, um dos seus
quatro filhos foi reitor da UNB, importante universidade no Brasil
Trabalharam até 1974 no Piauí. Ali casal
fundou e dirigiu o Seminário Teológico Batista do Nordeste em Floriano (PI),
De 1975 até 1994 (quando se aposentaram),
no Distrito Federal. Fundaram a Faculdade Teológica Batista de Brasília, e Pr.
Dewey foi reitor. Nossa querida Edith fundou e dirigiu o Departamento de Música
da faculdade, ensinando tudo que era necessário, inclusive regência e dedicando-se
à pesquisa hinológica. Tinha todas as suas anotações minuciosas e completas em
fichas. Seu amor pela pesquisa levou-a à comissão do HCC, 1991. Segue abaixo o
depoimento lindo da meiga e querida Edith. Nós, os que trabalhamos na Comissão
do HCC, 1991, muito aprendemos e sempre estávamos juntos com D. Edith
auxiliando o trabalho gigantesco que foi o Notas Históricas do HCC.
“Agradeço a DEUS por ter sido criada num lar onde
música clássica, sacra e hinos eram parte fundamental na educação familiar.
Aprendi muito com os hinos da nossa fé. Aos 11 anos de idade descobri o mundo
da hinologia ganhando um hinário por recitar três estrofes de cem hinos.
Desde pequena as histórias dos hinos foram de grande
inspiração para mim. Quando li pela primeira vez a comovente história do hino Amor, Que Por Amor Desceste (HCC 171)
sofri com o autor sentindo-se isolado por sua cegueira. Recebeu esse hino do
Senhor “quase palavra por palavra”. Sua mensagem confortou seu coração dolorido
e deu-lhe coragem para viver. Enquanto eu lia, chorava com ele. Qualquer
tristeza minha era pequena diante do sofrimento desse homem que estimulou a fé
dos seus contemporâneos e que, através desse hino, ainda atende aos corações
necessitados.
Decidi colecionar o maior número possível de
histórias. Comecei a adquirir livros e formar uma biblioteca sobre hinódia e
hinistas.
Quando cheguei ao Brasil com meu marido Dewey e
nossos dois filhos, Timothy e Ann, (Marcos e Paulo nasceram nos três primeiros
anos no campo) comecei a estudar os hinos amados pelos brasileiros. Comecei um
fichário de todos os que contribuíram para a música sacra e hinódia brasileira.
Esse fichário cresceu e logo incluiu milhares de itens, classificados por
nacionalidade do hinista, compositor ou tradutor. Nesse tempo vi crescer o
número de hinos e canções nacionais, com letras e ou músicas brasileiras.
Colecionei por muitos anos livros e artigos de
pessoas que muito contribuíram para o meu conhecimento hinológico brasileiro.
Destaco os nomes de Rolando de Nassau, Bill Ichter, Henriqueta Rosa Fernandes
Braga, Marcílio de Oliveira Filho, Joana Sutton e muitos outros. Adquiri cópias
da revista Louvor Perene e os trabalhos da missionária Lida Knight. O
aparecimento da revista Louvor foi e continua sendo uma mina preciosa para mim.
“
Marcilio de
Oliveira Filho (in memoriam), pastor, ministro de música e compositor escreveu
assim sobre Edith, quando do lançamento do livro Notas Históricas do HCC:
“Conhecer Edith Brock Mulholland foi um dos maiores
presentes que recebi de Deus. Sua vida, simplicidade, conhecimento hinológico e
simpatia na maneira de valorizar as pessoas se tornaram marcas muito fortes em
todo o meu ministério.
Logo que nasceu a Associação dos Músicos Batistas do
Brasil, Dona Edith se tornou sócia participativa. Anualmente estava nos
congressos e sempre nos incentivava diante de tantos desafios que todos nós,
músicos, sonhávamos para nosso país. Queríamos ver o povo brasileiro cantando
com muito mais amor e paixão por Jesus.
Dona Edith nos mostrou também o quanto valorizava a
música brasileira. Era impressionante seu interesse em aprender e ensinar as
músicas dos compositores e poetas nacionais, divulgando nosso trabalho com os
alunos da Faculdade Teológica Batista de Brasília, que por sua vez aprendiam a
amar a canção brasileira e divulgavam pelas igrejas.
O que mais me impressionou na primeira vez quando
visitei a residência de Dewey e Edith foi a organização e amor com que
coletavam as informações hinológicas de tudo o que era cantado pelo Brasil. As
famosas fichas de Dona Edith, os apontamentos diversos, seu coração pesquisador
e sua paixão com que falava sobre os hinos e canções dos brasileiros faziam com
que eu sentisse vida em tudo o que eles faziam.
Falar também sobre o pastor Dewey é muito importante
neste momento, porque ele não somente foi o grande teólogo que os brasileiros
admiram e aprenderam com suas aulas, mas também o maravilhoso marido e pai, avô
muito carinhoso e incentivador. A obra de Dona Edith é muito rica e temos que
agradecer por seu esposo que a apoiou e a encorajou. ”
Leila
Gusmão e Magali Cunha, ministras de música e professoras na área ministerial,
foram revisoras das Notas Históricas do HCC e membros da Subcomissão de letras
do HCC, assim escreveram:
“A
paixão pelo trabalho de pesquisa é que levou Edith Bock Mulholland a coletar
dados, principalmente de brasileiros, e possibilitou a organização das Notas
Históricas do Hinário Para o Culto Cristão, lançado num ano de vitórias quando
como Denominação celebramos 120 anos no Brasil (os crentes de Santa Bárbara
d’Oeste, 130), 100 anos do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil e 25
anos da Revista Louvor.
Como
revisoras das Notas Históricas do HCC, sentimo-nos honradas em poder conhecer
antecipadamente este rico material hinológico - um trabalho primoroso onde
vemos, em cada parágrafo, a personalidade doce, cuidadosa e detalhista de Dona
Edith! A consciência da grande tarefa que tivemos em mãos foi que nos motivou a
buscar cada vez mais a pesquisa, a atualização de dados, a revisão incansável
dos documentos originais e na editoração, principalmente por se tratar de uma
obra concluída há 10 anos”.
Meu coração, egoísta desejava que D. Edith ficasse mais tempo conosco, mas nosso Pai amado já a convocou. Desejo que todos conheçam pessoas bondosas, competentes que tem escrito a nossa história como este casal.
Meu coração, egoísta desejava que D. Edith ficasse mais tempo conosco, mas nosso Pai amado já a convocou. Desejo que todos conheçam pessoas bondosas, competentes que tem escrito a nossa história como este casal.
Ao
Senhor toda glória e louvor!
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Westh Ney Rodrigues Luz – Ministra de música e prof.ª de Culto Cristão, História da música, Gestão da música na Igreja no Seminário do Sul/FABAT. É membro da Igreja Batista Itacuruçá, Tijuca, Rio/RJ. É redatora da Revista de Música Louvor, da CBB, e regente dos Coros feminino Cantares e Hospital Evangélico, Tijuca, Rio
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Westh Ney Rodrigues Luz – Ministra de música e prof.ª de Culto Cristão, História da música, Gestão da música na Igreja no Seminário do Sul/FABAT. É membro da Igreja Batista Itacuruçá, Tijuca, Rio/RJ. É redatora da Revista de Música Louvor, da CBB, e regente dos Coros feminino Cantares e Hospital Evangélico, Tijuca, Rio
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MULHOLLAND, Edith Brock. Hinário para o culto cristão – Notas
históricas. RJ: JUERP, 2001
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