Meu pai nunca disse
o que eu deveria fazer ou ser,
nunca me deu conselhos,
ou censurou minhas
decisões afetivas,
profissionais ou
mesmo espirituais.
Nunca.
.
Enquanto caminhava com ele
pelas ruas cheias e claras
ou escuras e vazias
do centro do Rio,
ou no ônibus cheio
ou no carro
(ouvindo Nelson Gonçalves),
o meu pai só
ouvia,
ouvia,
ouvia...
.
Ele me escutava,
e eu via seu meio sorriso,
ou escutava suas raras gargalhadas,
ou apenas um "hum hum" com lábios cerrados
que sempre acreditei serem um "sim sim".
E eu falava,
falava,
falava muito...
Contava histórias,
quase sem respirar,
e sonhava,
sonhava,
sonhava...
.
Ele?
Escutava,
escutava,
escutava...
e sorria
com seus olhos
pequenos e pretos.
.
Hoje, ele não mais pode me ouvir, e
não sinto falta de falar com ele.
Já falei tudo.
Só sinto falta do seu silêncio
e também de beijar e
abraçar,
abraçar,
abraçar.
Bênção pai!
por Westh Ney Rodrigues Luz
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Prezada Westh Ney,
ResponderExcluirConheci a Minie Lou, Dorine, Débora, sua mãe e seu pai na Igreja Batista de Itacuruça em 1974. Acho que não tive o prazer de conhece-la na epoca.
A algum temo tenho tentando obter noticias da sua familia, e ontem pesquisando no google, tomei conhecimento atraves do seu blog de novembro de 2011 sobre a tragedia que se abateu sobre a familia em 2002.
Fiquei muito triste, tentei passar um email para voce no endereço que voce disponibilizou para compra do livro no seu blog, o westh.ney@uol.com.br
O email voltou
Gostaria de saber noticias em especial sobre a Minie Lou e o restante da familia.
Por favor me disponibilize um email valido para que eu possa reenviar o email de hoje que voltou.
muito obrigado,
meu email : fredericoararipe@uol.com.br
DEUS as abencoe
Amém
Pode escrever para westhney@gmail.com
ExcluirFrederico
Excluirobrigada por sentir junto a nossa dor